Como Usar a Cafeteira Elétrica – Será que Vale a Pena?

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As cafeteiras elétricas são muito práticas para quem quer sua dose de cafeína num clique. Não é segredo que aqui gostamos de descomplicar as coisas, então reunimos três dicas para potencializar a sua cafeteira elétrica e melhorar, ainda mais, o seu café! Continue lendo ou assista o vídeo para aprender.

Hoje em dia, existem vários modelos cafeteiras diferentes no mercado. Encontramos das mais simples às mais robustas; cafeteiras que moem o café na hora, que tocam música, que tem programador pra fazer café automática, entre outros. Mas a grande questão é: o café fica bom?

a cafeteira

Para esse teste, utilizamos uma cafeteira mais básica, mas que cumpre muito bem o seu papel: a CP15 Inox da Britânia. O funcionamento é muito parecido para todas:

  • Ela conta com uma jarra de vidro com capacidade para armazenar 500ml de café;
  • Um filtro de plástico;
  • Um pequeno medidor;
  • Um coador.

A água é adicionada na região traseira da cafeteira e ela possui apenas um botão de liga/desliga.

fazendo café

Aqui vai a primeira dica: a cafeteira por si só não faz milagre. Para se ter um bom café, é preciso usar um café de qualidade. O café especial passa por vários processos, desde a fazenda até a xícara, para garantir a qualidade dos grãos – ao contrário dos cafés tradicionais que são torrados excessivamente sem um controle rigoroso de qualidade. Escolha um café de qualidade que a sua bebida terá outro sabor.

Conheça os cafés especiais coffee&joy.

Use a moagem certa. Os filtros das cafeteiras elétricas normalmente são de plástico com uma rede bem fininha. Portanto, a moagem precisa ser de média para a grossa. Se a moagem estiver fina demais, a cafeteira pode levar mais tempo pra passar o café, resultando em uma super extração e amargor forte na xícara.

Fique de olho na proporção. Usamos 50g de café para 500ml de água. A receita é bem maleável, você pode brincar e utilizar a que mais te agrada – um café mais diluído (menos pó) ou um café mais encorpado (mais pó).

Se puder, moa o café na hora. Se você não tem um moedor em casa, não se preocupe. Procure por cafés de torra recente, assim como na assinatura coffee&joy, onde seu café é moído momentos antes de ser embalado e enviado.

Faça uma montanha. Na hora de adicionar o pó de café na cafeteira, ao invés de deixar ele plano, deposite de forma que o pó de café faça uma montanha. Isso é porque os buraquinhos por onde a água passa estão concentrados no meio do recipiente. Deixando o café reto, como uma cama, pode ser que a água não passe por todo o pó de café. A montanha ajuda na dispersão da água por todo pó, homogeneizando a extração.

Mexa durante o preparo. Só posicionar o café em formato de montanha não garante uma extração mais uniforme. Indicamos desligar a cafeteira no meio do processo e misturar o pó de café, concentrando ele mais para o centro (onde a água cai).

mas cadê a praticidade?

O intuito da cafeteira elétrica é “apertar um botão” e pronto. Então se você não quiser interromper a extração para mexer o café, opte por não utilizar a capacidade máxima da cafeteira e posicione o pó de café no formato de montanha.

Fazendo isso, terá menos café para a água passar lembrando que ela tem só uma direção central, diferente de fazer café coado que podemos direcionar a água e garantir uma bebida homogênea. Use a capacidade pela metade e coloque o café em formato de montanha. 

o café

Por causa do filtro de plástico, na xícara, temos um café mais encorpado. Ele fica bem parecido com o café na Prensa Francesa, com mais óleos, justamente pelo filtro de plástico e pelo café não encontrar tanta barreira quanto no filtro de papel, por exemplo.

Por fim, uma dica bônus: limpeza! É muito importante não deixar o pó de café secar no recipiente e limpar muito bem após o uso. Lave os acessórios com detergente neutro e uma esponja macia. Também é importante passar uma água corrente no sistema de extração da cafeteira. Depois dos acessórios limpos, ligue a cafeteira sem pó de café para que a água limpe os dutos por onde o café passa.

Veja como preparar café na Prensa Francesa.

Tudo Sobre a Pressca – A Cafeteira Portátil

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Você já pensou em fazer café em qualquer lugar? Essa é a proposta da Pressca: uma cafeteira portátil que faz um café gostoso e de um jeito prático. Apesar de facilitarem muito o dia-a-dia, muita gente tem receio dessas cafeteiras portáteis. Vamos descobrir se ela realmente vale a pena? Continue lendo ou assista o vídeo para conhecer a Pressca.

A Pressca é uma cafeteira bem versátil para café. Ela foi criada por um barista brasileiro, em 2016. Ela é feita de plástico resistente e livre de BPA. A grande proposta dela é fazer um bom café com muita praticidade. Afinal, quem é que não gosta de descomplicar a vida?

A cafeteira é composta pelo corpo e o êmbolo. O corpo possui dois copos, um externo e um interno, para auxiliar no isolamento térmico. Já o êmbolo é composto por um filtro de aço inoxidável e uma borracha.

Uma das vantagens da Pressca é que ela é completamente desmontável. Isso facilita – e muito – a limpeza.

dica para fazer café na Pressca

Utilizar a Pressca já é algo muito simples e que não demanda muito esforço. Mas temos algumas dicas para facilitar ainda mais:

1. Você pode já colocar o seu pó de café dentro da própria cafeteira, para economizar nos recipientes;

2. Se você não tem como ferver a água, levar uma garrafa térmica com água fervida para fazer o café na hora é a melhor opção.

Mas atenção: lembre-se de utilizar um pouco da água para limpar a garrafa térmica e esquentá-la, para receber o café. Depois, é só descartar a água utilizada na Pressca e fazer o possível para manter a temperatura da água na garrafa térmica, evitando que o ar entre na garrafa e fechando-a rapidamente, abrindo novamente somente quando for utilizá-la.

Fazendo isso, nos nossos testes, a água se manteve a 86 graus depois de 2h. Com a água nessa temperatura, é possível ter um bom café com uma infusão de 4 minutos.

fazendo café

Utilizar a Pressca é bem fácil. Ela tem capacidade de até 350ml – tem a marcação do limite máximo de capacidade dela no interior do corpo – mas para caber o pó de café, resulta em aproximadamente 300ml de café.

Por ela ter esse filtro de inox, de malha fina, ela entrega um café bem parecido com o da Prensa Francesa, A gente já sabe que não existe café específico para cada método de preparo, mas o conselho que damos aqui é escolher o café que tem já naturalmente as características que o método de preparo realça. 

Como o preparo é infusionado e a extração é pelo filtro de inox, nós optamos por utilizar um café com mais doçura e corpo: o Copo de Leite, da assinatura coffee&joy, que é um café frutado com notas cítricas mas também é doce, com notas de bala de leite e leve floral. E a doçura é exatamente o que pretendemos ressaltar neste café.

Como em qualquer outro método de preparo, é primordial limpar a Pressca antes de utilizá-la,  jogando um pouco de água quente para escaldar e já deixando ela aquecida para receber o café.

Para 300 ml de água, utilizamos aproximadamente 20g de pó de café. A moagem pode ser a média ou grossa, mas optamos pela média – uma vez que a malha fina não deixa passar muito pó.

Fazer a pré-infusão é opcional. Nós optamos por colocar a água toda de uma vez e já posicionar a tampa no corpo da Pressca, para evitar a perda de temperatura, e manter assim por um minuto. Depois desse tempo, é interessante dar uma mexida no café para garantir que todos os pózinhos sejam extraídos. Em seguida, posicione a tampa no topo do corpo da Pressca novamente e aguarde no mínimo 3 minutos.

Normalmente, nos métodos coados ou filtrados, o tempo de extração é de 3 minutos e meio. Mas como neste caso, a água não estava na temperatura máxima, foi necessário aumentar um pouco o tempo de extração total.

E o café não fica frio! Ele fica na temperatura ideal para ser de fato apreciado, uma vez que o  paladar humano não é capaz de sentir gosto em temperaturas muito altas.

Completando o tempo, basta abaixar o êmbolo e servir. Dá pra tomar o café direto na Pressa ou em xícaras. Vai da sua preferência.

resultado e considerações

A Pressca é uma das cafeteiras mais práticas que existem. Por ser portátil, ela pode ser levada para qualquer lugar. Mas não só isso: também dá pra usar ela em casa. Não há nada que impeça. Além disso, o custo-benefício é ótimo e a durabilidade também.

Promoção: Pressca + Café de brinde disponível no site da coffee&joy.

Para limpar, é bom desmontar toda a cafeteira e levar à agua corrente. Para a armazenagem, o ideal é que ela seja feita com as peças separadas também. 

O café entregue pela Pressca é doce e bem encorpado, uma vez que não tem filtro de papel – consequentemente, chegam mais óleos à xícara. Quanto mais tempo o café ficar na Pressca, mais ele vai infusionar – ou seja, não vai parar de extrair, ficando mais “forte” a cada gole.

Conheça outros métodos de preparo:

> Clever Dripper A Cafeteira Inteligente < 

> Tudo sobre a Chemex – Uma das Cafeteiras Mais Lindas do Mundo <

> Prensa Francesa – Como Escolher e Qual a Diferença Entre uma de R$ 200,00 e Outra de R$ 20,00? <

10 Formas de Fazer Café Coado em Casa

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Você sabia que se você mudar o formato do coador que você usa pode mudar o sabor do seu café? Neste post você vai aprender sobre o coador de pano, a Waals, a Hario V-60, o Koar, a Clever, o coador de inox, e diversos outros. Continue lendo ou assista o vídeo.

Uma das dúvidas mais comuns de quem está começando no mundo do café especial é o porquê de existirem tantos métodos diferentes para fazer café e o que difere cada um deles. Então, vamos lá:

O café especial possui nuances de sabor, assim como o vinho. Ele apresenta doçura, acidez, corpo… e cada método de preparo ressalta uma característica diferente, ainda que seja no mesmo café. Por mais que essa infinita variedade de coadores pareça apenas para te confundir, cada um deles foi pensado especificamente para destacar uma nuance diferente dos cafés. É por isso que existem coadores que utilizam filtro de pano, outros utilizam filtro de papel, alguns têm formato mais cônico, outros mais achatados, alguns têm ranhuras no interior, outros são lisos, entre outras diferenças.

A escolha do método de preparo é importante porque ele caminha lado a lado com o gosto individual de cada um. Se você não gosta de um café ácido, por exemplo, vale a pena investir num método de preparo que não tenha como objetivo ressaltar a acidez. Também é legal ver o que encaixa melhor em cada rotina, afinal, o que a gente quer aqui é descomplicar o momento do café.

1. coador de pano

Por tradição, talvez o coador de pano seja o método mais famoso de preparar café no Brasil. Ele remete à infância e vêm com uma pitada de memória afetiva para uma boa parte dos brasileiros. Ele nada mais é do que um suporte com um filtro de pano, e é bem fácil encontrar em qualquer tamanho.

E como é o café feito no coador de pano? O filtro de pano ressalta os óleos do café, devido às tramas e fios do tecido. Por causa disso, o café não vai ter uma acidez muito acentuada. Será uma bebida mais equilibrada e visivelmente mais encorpado.

No coador de pano, a dica é utilizar cafés mais doces, como o Doce Aurora da assinatura coffee&joy.

Veja como fazer café no coador de pano.

2. coador Melitta

Não fugindo dos holofotes, o coador Melitta também tem seu lugar nas casas dos brasileiros. Ele foi inventado na Alemanha por uma dona de casa chamada Melitta Bentz. Ela tinha o objetivo de suprir a necessidade de preparar um café prático e que não ficasse com resquícios de pó na xícara.

O filtro de papel utilizado no coador Melitta segura bem mais os óleos do café e os resquícios de pó de café que o coador de pano. Ele tem uma base achatada e um furo pequeno na parte inferior, o que faz com que a água passe pelo café um pouco mais devagar – o que, consequentemente, resulta numa bebida que ressalta a doçura, tenha corpo equilibrado, baixa acidez e uma finalização bem mais potente, com leve amargor no final.

No coador Melitta, a dica é utilizar cafés mais confortáveis, para o dia-a-dia, como o Mandala da assinatura coffee&joy.

3. Hario V-60

O coador de pano e o filtro de papel tem seu lugar nas manhãs brasileiras, mas a Hario V60 é a queridinha do mundo do café especial. A Hario é uma marca japonesa especializada em equipamentos de café. A V-60, queridinha dos baristas, tem um formato mais cônico em comparação aos outros métodos de preparo, sem base achatada e com um furo na parte inferior bem maior que o do Melitta, por exemplo. Ou seja: a água passa mais rápido pelo pó de café.

O fluxo mais rápido da água permite que a Hario entregue um café mais ácido e com doçura equilibrada. Mas vale lembrar: como a V60 oferece maior controle do fluxo de água, as receitas podem variar muito.

O ideal para a Hario V60 é um café mais frutado, como o Cajucaxi da assinatura coffee&joy.

Veja como fazer café no coador Hario V60.

4. Waals

A Waals é bem parecida com a Hario V60, porém ela acaba sendo mais acessível por ser uma marca nacional. A principal diferença é que na base da Waals existem dois buracos que evitam que exista uma pressão entre a garrafa de café e o coador. A Hario tem a base fechada, e, por isso, essa pressão pode existir – fazendo com que o café fique gotejando.

A Waals entrega um café com um pouco mais de doçura, devido ao maior controle do fluxo de extração. Por isso, os melhores cafés para a Waals são os cafés mais exóticos, com mais acidez, frutados. O Tailândia, da assinatura coffee&joy, e a Waals são o match perfeito.

Review do coador Waals.

5. Koar

O Koar também é um método brasileiro de preparar café. Ele também tem um formato cônico, assim como a Hario V60 e a Waals, mas a diferença está nas ondulações na parte interior do coador. Elas existem para que o  filtro não fique colado na parede do coador, e isso faz com que a água não tenha tanta resistência na hora de passar entre os pózinhos de café. 

Ele entrega um café com maior equilíbrio de acidez e doçura, e, por causa disso, os cafés ideais para o Koar são os cafés frutados, como o Manjar da assinatura coffee&joy, que tem acidez mas também tem uma doçura maravilhosa, que se ressaltam no Koar.

Batalha dos Métodos: Koar x V-60 x Melitta

6. Clever

A Clever é o método inteligente de fazer café (literalmente! Clever, do inglês: “inteligente”). Ela tem uma válvula na parte inferior que retém o café. Ele só começa a ser extraído quando a válvula é acionada. Isso faz com que o café fique infusionado por um tempo, juntando a técnica da prensa francesa com a filtragem dos coadores.

Exatamente por esse sistema de infusão do café, a Clever é muito parecida com a técnica utilizada para avaliar os cafés – o cupping, 

A Clever traz um café com muita clareza nas notas sensoriais. Por isso, a utilização de cafés mais exóticos, frutados, complexos e até mais pontuados é o ideal. Na assinatura coffee&joy, o Abelha Rainha é a carta na manga para a Clever. 

Veja como fazer café na Clever.

7. Chemex

A Chemex é uma obra de arte de fazer café. E não é ironia! Ela está exposta no MoMA (Museu de Arte Moderna). Ela foi inventada por um químico para trazer alguns atributos na hora de preparar o café, como a delicadeza.

A Chemex usa um filtro bem mais grosso que o convencional, com três dobras de um lado. Exatamente por esse motivo, ela entrega um café mais delicado – uma vez que as três paredes do filtro retém mais partículas. 

Na xícara, o café tem um pouquinho de acidez, doçura e finalização presentes, mas extremamente delicado e que traz constância para o café. O Melodia do Sul, da assinatura coffee&joy, é perfeito para a Chemex.

Veja TUDO sobre a Chemex.

8. Cone Coffee

Estruturalmente parecido com o coador de pano, a intenção do Cone Coffee é fazer com que o filtro de papel não encoste em nenhuma parede, ou seja, que ele fique suspenso. O resultado que ele promete é mais clareza de notas, equilíbrio entre doçura e corpo e controle do fluxo de água.

Como em todo método cônico de preparar café, os cafés ideais são os frutados, exóticos: o Mel Brasil, da assinatura coffee&joy, é o tiro certeiro para o Cone Coffee.

Review Completo do Cone Coffee.

9. coador de inox

A principal diferença do coador de inox para os outros coadores cônicos é que ele não precisa do filtro de papel, uma vez que já possui a malha fina como filtro. Mas é claro: a malha tem as aberturas bem maiores e mais aparentes que o filtro de papel, por isso não retém todas as partículas de café ali.

Por isso, na xícara, o café é bem mais encorpado, com os óleos visíveis, até com alguns resquícios de pó de café se a moagem utilizada for muito fina – o que é super normal. A vantagem é a sustentabilidade, uma vez que não é necessária a utilização de filtro de papel. A desvantagem é a limpeza, que dá um pouquinho de trabalho.

O Chocomoca, da assinatura coffee&joy, é perfeito para o coador de inox.

Batalha de Métodos: Filtro de Papel x Filtro de Inox

10. bônus

Existem outros coadores por aí; de materiais e formatos diferentes como cerâmica e vidro. O que basicamente vai mudar é a lógica do formato e da abertura embaixo.

O resumo deste post é você quem faz. Existem diversas formas de fazer café no mercado – cada uma pensada em extrair certos atributos do café. Na hora de escolher, procure aquele método que encaixe na sua rotina e que faz um café do jeito que você gosta. O mundo dos cafés especiais está aí para ser explorado.

Enjoy!

Veja os coadores disponíveis na nossa loja online.

Café Tailândia – O que é um Café Especial Exótico Fermentado?

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Com tantas notas sensoriais por aí, o café acaba intimamente ligado ao gosto individual de cada um. Mas, por quê não sair da zona de conforto e mergulhar na experiência sensorial que o café pode proporcionar? O café Tailândia tem notas de jaca e doce de manga, é um fermentado exótico e faz sucesso demais no menu da coffee&joy! Mas o que quer dizer um café ser fermentado ou exótico e o que isso tem a ver com o sabor dele?

Continue lendo ou assista o vídeo para conhecer.

 o café Tailândia

Ele é produzido no sul de Minas, na cidade de Três Corações pela família de produtores Orestina, Aldo, Lucas e Tatiana. Ele é da variedade Mundo Novo e passou pelo processamento natural fermentado. 

Depois que o café é colhido, ele passa por processos no pós-colheita para virar o grão cru e seco que vai ficar pronto para ser torrado. Nessa etapa, o produtor precisa preparar o café para secá-lo e desidratá-lo, até chegar a um grau de umidade específico para, após, ser beneficiado e comercializado.

O preparo dos grãos depois da colheita e antes do beneficiamento para comercialização, realizado pelo produtor, é chamado de processamento

Entenda o caminho que o café percorre até chegar na xícara.

Algumas das principais características do Tailândia surgem devido ao processo de fermentação. Mas afinal, o que é um café fermentado? 

Resumidamente, a fermentação do café é um tipo de processamento que pode ser feito pelo produtor, que degrada o fruto e a mucilagem do fruto através de microorganismos, podendo ser induzida ou natural. A degradação concebe compostos que influenciam o sabor e aroma do café. 

Por exemplo, se o café é exposto à chuva, durante o tempo em que está no terreiro, ele pode fermentar sem que essa seja a intenção do produtor. Essa seria a fermentação natural. Já a fermentação induzida acontece quando há a utilização de equipamentos específicos para isso, como as bombonas, ou quando há a adição de algum microorganismo – como leveduras. 

Em ambos os casos, as reações químicas vão alterar o sabor e aroma do café. É por isso que a fermentação do café é extremamente importante e delicada, uma vez que o que acontece é a alteração da composição do fruto.

A fermentação, todavia, pode ter um resultado bom ou ruim. Se ela for bem feita, bem controlada, com medição de temperatura e pH e com profissionais adequados para o processo, ela pode ser maravilhosa.

Agora, se for realizada de forma descontrolada, além de deixar o café com notas sensoriais desagradáveis, pode até fazer mal para saúde.

Depois de todo processo na fazenda, do benefício e rebenefício do grão, o café verde está pronto para passar para a próxima etapa: classificação,  testes de torra, degustação, identificação das notas sensoriais e avaliação da SCA. É literalmente a avaliação de tudo que o produtor fez lá na lavoura.

A primeira parte depois da classificação, é o teste de torra. O grão verde é submetido a diversos tipos de torra, com a intenção de descobrir em qual perfil de torra aquele café apresenta maior potencial de sabor (torra clara, média ou escura). 

Simultaneamente ao teste de torra, entra em ação também a percepção das notas sensoriais. É nesse momento que elas são identificadas. 

Entenda mais sobre o processo de avaliação dos cafés e saiba como fazer em casa.

O café Tailândia possui 86 pontos pelo protocolo da SCA e apresentou notas de abacaxi, doce de manga, jaca e leve umami. 

Para sermos o mais claros e didáticos possível, nós categorizamos nossos cafés de acordo com suas características: intensos, frutados, exóticos ou doces. Com essas características, ele entrou na nossa categoria de cafés exóticos. 

nomeação do café

Pronto! O café chegou com a torra definida e apresentou notas completamente inusitadas. Com isso, a gente já sabia que era um café exótico. Mas havia um problema. Tínhamos um café bastante complexo, mas sem nome – aí entra a parte mais “viajada”.

Para nomear os cafés da coffee&joy, a gente leva em conta as suas notas sensoriais, a história da família, a região de onde ele vem e até alguma curiosidade. No caso do Tailândia, optamos por seguir as notas sensoriais, já que elas são o que mais chamam atenção nesse café.

A nota de umami, por exemplo, é uma característica muito exótica para um café, e se trata de um sabor básico muito presente na culinária oriental. Já tivemos cafés com esse sensorial nas safras anteriores: Samurai, Origami, Magia Oriental. Ou seja, sempre recorremos à cultura oriental. 

Veja os 19 cafés disponíveis no menu.

Entretanto, contudo, todavia… ele também tinha muitas notas de frutas tropicais que a gente conhece muito – então, isso nos levou a um outro lugar: alguma praia do nosso imaginário – pesquisamos muito e as cores das notas sensoriais deram match com as praias paradisíacas da, adivinhem só: Tailândia.

Entenda o que são as notas sensoriais.

 fazendo o café 

Agora que você já sabe um pouquinho mais sobre o Tailândia, é hora de descobrir o que ele entrega na xícara. Como é fácil controlar as variáveis neste método e por se tratar de um café exótico, optamos por prepará-lo na Aeropress

Utilizamos a proporção padrão: uma colher de sopa para um copo americano de água (8g para 100ml). E aqui vai mais uma dica: apesar de ser essa a proporção padrão, o legal do café especial é que você pode brincar até descobrir qual te agrada mais – um café mais concentrado (mais pó para menos água) ou um café mais suave (menos pó para mais água). 

Também optamos por utilizar a Aeropress na posição invertida. Depois de posicioná-la, basta adicionar o pó de café e realizar a pré-infusão (aproximadamente 30 segundos). Após esse tempo, recomendamos mexer um pouquinho o café. Uma crosta pode se formar na borda e isso influencia a pré-infusão do café. Depois, é só aguardar cerca de 2 minutos e meio e pressionar a Aeropress até que o ar saia, exatamente como uma seringa.

resultado

O Tailândia é um café com doçura média, acidez málica, corpo cremoso e finalização doce. É uma experiência incrível, porque dá pra ver na xícara o tanto que um processo cuidadoso faz diferença na hora de extrair todo o potencial de sabor do café. 

Por enquanto, ele está disponível somente na assinatura. Se você é assinante, basta adicioná-lo no próximo envio! Se não, clique aqui para conhecer a assinatura de cafés coffee&joy.

Cone Coffee – O Suporte de Coador de Pano com Filtro de Papel

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Você já ouviu falar do Cone Coffee? É um método de preparar café que fez sucesso em 2019. O Cone Coffee é inovador e prático, bem parecido com o antigo – e afetuoso – coador de pano. Continue lendo ou assista o vídeo para conhecer um pouco mais sobre ele e descobrir se o Cone Coffee vale a pena ou não!

sobre o Cone Coffee

O Cone Coffee é um método brasileiro de preparar café, que teve seu auge em meados de 2019. A ideia do Cone Coffee é fazer um café somente com um filtro de papel, sem nenhuma outra intervenção. Ele é muito parecido com o clássico coador de pano, a estrutura é idêntica e não é somente uma coincidência.

material

O Cone Coffee é composto pelo aro e pela estrutura onde o filtro e o aro se encaixam – que é onde ele se assemelha ao coador de pano. O aro é feito de alumínio e o corpo do Cone Coffee é feito de aço, com uma pintura eletrostática – o que dificulta que a tintura descasque com o tempo.

utilização

A utilização é bem fácil. Basta retirar o aro, inserir o filtro de papel e encaixar o aro novamente. Como o filtro fica solto, sem suporte e sem encostar em nada, a ideia é que a água consiga correr melhor entre o pó de café, oferecendo um maior controle da extração.

fazendo café

Antes de qualquer coisa, sempre indicamos escaldar o filtro e os equipamentos com água quente – independente do método de preparo. Esse procedimento é quase uma lei e serve, basicamente, para tirar as impurezas do papel e evitar que haja influência de outros fatores no resultado final da bebida. 

Opte por moer o café na hora de prepará-lo, se for possível. Caso não seja, escolha cafés de qualidade e com origem especificada. Na coffee&joy, o café é moído no momento do embalo.

Vale ressaltar que, como a extração do Cone Coffee é mais rápida, a acidez será acentuada – que é exatamente a proposta do Cone Coffee. Por isso, é importante se atentar ao tempo total de extração: no mínimo 2 minutos e 30 segundos e no máximo 3 minutos e 3o segundos. 

pré-infusão

Os primeiros 30 segundos devem ser destinados à pré-infusão. Ela serve para “acordar o café” e garantir que ele ofereça todo o seu potencial de aroma e sabor. Basta adicionar água até cobrir o café e aguardar 30 segundos. Depois, é só ir adicionando a água – aos poucos e em movimentos circulares, sem ultrapassar o tempo máximo (3min e 30s). Isso é importante porque, se o tempo for menor que o necessário, o café fica sub extraído. Se o tempo for maior que o necessário, pode extrair demais e trazer amargor à bebida. 

Nós utilizamos o café Mel Brasil, da assinatura coffee&joy. É um café exótico e bem frutado, com notas de maçã, melão, morango, mel e manga. A proporção que utilizamos foi 16g (uma colher de sopa e meia de café) para 200ml de água.

Entenda mais sobre as variáveis do café.

resultado e considerações

O Cone Coffee é interessante por ser extremamente prático – não faz bagunça nenhuma durante o preparo do café, basta apenas descartar o filtro – e rápido. A proposta dele é realmente fazer pouco café, uma ou duas xícaras no máximo. O resultado é um café com corpo e doçura claros, como em todos os métodos de preparo filtrados, mas com um toque a mais de acidez. 

Independente do método de preparo, a dica é escolher sempre cafés de qualidade. Simule sua assinatura coffee&joy e receba cafés frescos e de qualidade no conforto de casa.

Chaleira de Bico Fino X Chaleira Normal – Qual é a Melhor Para Fazer Café?

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O café é uma bebida faz parte do cotidiano de quase todo brasileiro. As chaleiras são utensílios importantes na hora de preparar o café, mas afinal, qual a diferença entre as chaleiras normais e as chaleiras de bico fino? Existem vários tipos de chaleiras no mercado e a pergunta é: será se elas interferem no sabor do café? Continue lendo ou assista o vídeo para descobrir. 

Antes de tudo, precisamos entender melhor a relação da água com o café. Por que utilizamos água quente para prepará-lo? Acontece que o café é uma fruta formada por vários compostos aromáticos e sólidos solúveis – que são responsáveis pelas características do café, tais como a acidez, sabor, entre outras. 

Para dissolver esses compostos, é preciso de duas variáveis: tempo e temperatura. E é por isso que utilizamos água quente para preparar o café, uma vez que a água fria ou em temperatura ambiente não é capaz de dissolver as moléculas do café rapidamente e, consequentemente, não extrai todo o sabor que a fruta pode oferecer.

Um exemplo claro disso é o cold brew. Ele é feito com a água em temperatura ambiente e, para que o sabor do café seja extraído, ele precisa ficar cerca de 12h em infusão, na geladeira.

Veja aqui a receita do cold brew.

Se tratando dos métodos coados, a grande diferença das chaleiras é o bico fino: ele oferece maior controle do fluxo da água.

Mas porque isso é tão importante? Uma vez que o tempo é uma variável relevante no preparo do café, a chaleira de bico fino é muito bem-vinda. Isso porque controlando a quantidade de água utilizada, conseguimos extrair melhor o sabor do café. Conheça as nossas chaleiras disponíveis no site.

Veja só: na Prensa Francesa, recomenda-se a infusão do café durante 4 minutos. Já no espresso, a água passa rapidamente pelo café – cerca de 30 segundos. Nos métodos coados, recomenda-se que a infusão seja feita em 30 segundos e a extração do café, em 3 minutos. 

O controle da água na pré-infusão é muito importante porque é como se estivéssemos “acordando” o café. É nesse momento que começamos a hidratar o pó de café e onde o aroma e sabor são liberados. Depois disso é que a extração da fruta se inicia.

na prática

As chaleiras normais depositam a água muito rapidamente e em grande quantidade no café. Como não temos controle sobre isso, não existe separação das etapas (pré-infusão, infusão e extração). Assim que depositamos a água no pó de café, a extração começa. Isso faz com que percamos a complexidade do café.

Veja as opções de chaleira disponíveis na nossa loja online.

Apesar disso, não significa que o café feito com as chaleiras de bico grosso ou com as leiteiras, por exemplo, seja ruim. Ele só vai ser menos complexo que um café preparado com as chaleiras de bico fino, ou seja, a percepção das notas sensoriais vai ser um pouco mais difícil.

Como sentir as notas sensoriais dos cafés especiais?

Todavia, não adianta esperar um bom resultado sem utilizar um café de qualidade. Os cafés tradicionais geralmente possuem uma torra excessiva, até carbonizada – por isso a cor mais escura -, para disfarçar as imperfeições dos grãos utilizados e as impurezas que o acompanham.

Receba cafés de qualidade e fresquinhos em casa todo mês.

Vale lembrar que o café aceita tudo! Para quem gosta de sentir todas as notas do café, sua complexidade, as nuances e brincar com os métodos de preparo, as chaleiras de bico fino são de grande importância. Mas elas não são primordiais: dá sim para fazer um café excelente sem a utilização das mesmas. No fim, o que importa é que o café seja bom pra quem está experimentando ele.