O Irish Coffee é uma das bebidas alcoólicas com café mais famosas do mundo. Diz a lenda que ela foi inventada na Irlanda com o intuito de aquecer um grupo de turistas americanos que desembarcaram na Irlanda numa noite muito gelada nos anos 1940.
Foi um tal de Joe Sheridan, chef de cozinha do hotel, que pôs um pouco de uísque no café com creme e serviu aos recém-chegados.
No grupo havia um jornalista que levou a receita para os Estados Unidos. Aí de lá pra cá é história.
Isso é o que a lenda fala, mas o que importa é que o Irish Coffee é aquele drink pancadão de inverno e de muita personalidade. Está presente em várias cafeterias e agora você pode fazer aí na sua casa.
O café é a bebida mais consumida do mundo depois da água. Tamanha popularidade dessa bebida fez com que ao longo dos anos novas formas de preparo fossem criadas ao redor do mundo. (Sorte a nossa! rs) Mas será que o sabor do café fica diferente, dependendo da forma que ele é preparado? Para tirar essa dúvida, a gente comparou o mesmo café em vários métodos e, dessa vez, queremos saber: qual a diferença do café feito na Cafeteira Italiana e na Prensa Francesa?
No final do post, tem as outras 7 comparações que fizemos usando outros métodos, como o coador, hario V60, Clever, Aeropress, etc.
Continue lendo ou assista ao vídeo:
Sobre a Cafeteira Italiana
A cafeteira italiana, que também é chamada de moka, foi inventada na Itália e patenteada em 1933 por Alfonso Bialetti. Ela foi criada a partir de uma necessidade dos italianos de conseguirem replicar (ou chegar ao mais perto possível), dos cafés feitos pelas máquinas de espresso, que eram muito populares na época.
A moka, portanto, proporcionou uma alternativa de preparar o café bem próximo dos cafés espressos de cafeterias, mas que podia ser feito de forma fácil no conforto de casa.
Essa praticidade toda faz com que ela seja uma das cafeteiras mais populares do mundo e pode ser encontrada com facilidade em lojas e na internet. Todavia, a marca mais famosa é a que leva o nome do seu inventor: a Bialetti.
O design tradicional da cafeteira italiana da Bialetti até hoje é usado como base para outras empresas que vendem cafeteiras italianas. O modelo é tão icônico, que está exposto no MoMA (The Museum of Modern Art) em Nova York no departamento de Arquitetura e Design.
Nós já fizemos um post mostrando a diferença entre cafeteiras italianas e como escolher a melhor para cada caso. Veja o post completo aqui.
Sobre a Prensa Francesa
A Prensa Francesa é uma das formas mais clássicas de preparar café. Sua primeira versão foi patenteada na França, em 1852. No entanto, o modelo que é mais conhecido hoje foi desenvolvido em 1929 pelos italianos Attilio Calimano e Guilio Moneta.
A Prensa Francesa pode ser preparada com muita praticidade e elegância, além de deixar o ato de fazer café ainda mais charmoso. Existem prensas de diversos tamanhos e materiais, o que possibilita escolher a que melhor atende seu estilo de vida.
Basicamente, a Prensa Francesa prepara o café por meio da infusão. O café é moído grosseiramente e fica em contato com a água quente por até 4 minutos. Após esse tempo, utilizamos um êmbolo para separar a bebida do café moído.
Nós já fizemos um post mostrando a diferença entre prensas francesas e como escolher a melhor para cada caso. Veja o post completo aqui.
A Batalha dos Métodos
Até quem não gosta de café já viu uma cafeteira italiana e prensa francesa por aí. Apesar de não serem tão comuns como os coadores e filtros de pano, essas duas formas de preparar café já vem invadindo a casa dos amantes de cafés.
E para saber o que cada um entrega na xícara e no dia a dia, colocamos os dois lado a lado, usando um mesmo café e proporção.
Usamos o café Rubi Silvestre, da assinatura da coffee&joy, que é frutado, com notas de frutas vermelhas cristalizadas, chocolate amargo e leve floral. Possui acidez alta cítrica, corpo cremoso e finalização longa.
A acidez alta e as notas frutadas serão o ponto chave para comparar esses dois métodos e ver o que cada um entrega. E não podemos esquecer: café não é tudo igual. Se você ainda não conhece a diferença entre cafés tradicionais, extra fortes e cafés especiais, tem um post completo aqui.
Para cada método, usamos 30g de café, que é o máximo que cabe na nossa cafeteira italiana. Usamos a mesma quantidade para a prensa francesa. No primeiro, a moagem recomendada é a média e, para o segundo, a grossa.
Fizemos a moagem logo antes de preparar, pois as notas ficam mais perceptíveis e o café fica mais gostoso. Por isso, se for fazer em casa, se possível, moa na hora. Mas caso não tenha moedor, não tem problema. Peça um café fresco e moído antes de ser enviado para você, com a moagem na medida certa. Acesse aqui e saiba como.
Para preparar o café, fizemos a capacidade total da cafeteira italiana, colocando água até abaixo da válvula de pressão e colocamos em fogo baixo. Tiramos o café na hora que começou a espirrar em cima.
Na prensa francesa, colocamos o café e a água por 03:00 minutos, mas no primeiro minuto, mexemos o café para hidratar o pó que sobe e forma uma crosta em cima. Abaixamos o êmbolo e já servimos em seguida.
CAFETEIRA ITALIANA: A cafeteira italiana tem acidez presente, mas média para baixa, uma doçura média, com corpo denso e a finalização é persistente e longa, lembra fruta e chocolate. Ao contrário da prensa francesa, tem menos presença da percepção das notas sensoriais, destacando mais a finalização. O café sai muito quente, tem que tomar cuidado na hora de tomar. Na xícara apresenta alguns resquícios de pó, o que é normal já que não leva filtro de papel. É definitivamente um método para quem gosta de café mais intenso, mais “forte” e mais parecido com o espresso. Os melhores cafés para usar aqui, são os cafés mais doces.
PRENSA FRANCESA: Na prensa o café fica mais vivo, é possível perceber melhor a característica sensorial de acidez, e também a doçura e o corpo. Tem mais presença das notas, é possível sentir bem claramente as notas de frutas e de chocolate. É uma forma de preparar café muito parecida com o processo de prova profissional de café (o cupping) e a gente vê tudo o que o café tem para oferecer. Na xícara, os óleos ficam mais perceptíveis e o líquido também fica mais turvo, já que alguns pós de café passam pelo filtro. Cafés com perfis sensoriais mais achocolatados e doces, que lembram caramelo, castanhas e especiarias são os mais indicados para o preparo da prensa francesa, mas cai bem com cafés frutados também.
Comparamos os atributos sensoriais entre as duas cafeteiras e o resultado foi este daqui:
Indo um pouco além, comparamos a diferença da cafeteira italiana e prensa francesa, levando em conta outros pontos, como limpeza, praticidade, dificuldade e versatilidade.
Pontuamos cada um deles numa escala de 1 a 5, veja só:
A cafeteira italiana foi inventada como uma opção para que as pessoas pudessem reproduzir o café espresso da cafeteria em casa. Por isso, ela possui um sistema que preparar um café mais intenso, mais “forte”.
Já a prensa francesa, traz mais clareza nas notas sensoriais dos cafés especiais. Aqui, o café ficava mais “vivo”, é possível sentir mais a acidez, a doçura e o corpo.
Além disso, é uma forma mais fácil de fazer café e é perfeita para quem gosta de fazer café para várias pessoas, já que tem prensa francesa de até 1 litro. Sem falar que é elegante e prática para colocar na mesa para várias pessoas.
Agora, me conta, qual a sua melhor forma de fazer café e qual dessas duas cafeteiras é a sua preferida?
Café especial combina com muita coisa e disso a gente já sabe. Já harmonizamos café com chocolate, frutas, queijo, amendoim, gin, cachaça, entre outros. Nesse monte de harmonizações que gostamos de trazer por aqui, resolvemos ir além: e se juntássemos café especial e bebida de aveia para criar receitas fáceis e criativas, para deixar a hora do café ainda mais gostosa?
Foi pensando nisso que nos juntamos com a Nude para montar as caixinhas da assinatura coffee&joy de julho/22. Por aqui, nós fazemos tudo com café e, do lado de lá, a Nude faz tudo com aveia. Estamos falando de uma foodtech brasileira que trabalha com pequenos produtores – assim como nós – e está sempre centrada na sustentabilidade e na transparência. Na busca por um consumo mais consciente, eles desenvolveram o primeiro leite vegetal carbono neutro do mercado. Além disso, a Nude foi criada e é liderada por mulheres! Não é demais?
Como mimo do mês de julho, todos os assinantes coffee&joy estão recebendo uma unidade do Nude To Go Baunilha, uma bebida orgânica de aveia. A caixinha está indo carregada com uma experiência incrível em todos os sentidos: uma harmonização excepcional, que traz sabores e aromas indescritíveis para os sentidos.
Continue lendo para aprender as receitas completas ou, se preferir, assista o vídeo.
Para este desafio, criamos dois drinks facílimos e práticos, que combinam perfeitamente com o calor e com o frio. Para ambas as receitas, utilizamos o café Forró da assinatura coffee&joy. Ele é um café orgânico, com notas de chocolate ao leite, pera e macadâmia que harmonizam super bem com a canela, presente nas duas receitas.
Preparamos o café no coador com filtro de papel e usamos 1 colher de sopa de café especial (13g) para 1 copo americano de água (130ml). Lembre-se de lavar bem o filtro de papel, para retirar todas as impurezas e evitar que resquícios de papel sejam transferidos para a xícara. Veja aqui dicas de como fazer café em casa.
hot baunilha
rendimento: 1 porção
tempo de preparo: 5 minutos
ingredientes
100 ml (metade da caixinha) do Nude To Go Baunilha)
50ml de café especial coffee&joy
1 casca de canela
1 colher de chá de mel ou melado de açúcar
modo de preparo
Em um copo ou xícara, adicione a bebida de aveia e a canela. Aqueça no microondas ou no fogo por cerca de 1 minuto.
Depois, basta adicionar o café e o mel ou melado de açúcar, mexer por alguns segundos e decorar como preferir.
Enjoy!
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cravo&canela latte
rendimento: 1 porção
tempo de preparo: 5 minutos
ingredientes
100 ml (metade da caixinha) do Nude To Go Baunilha
50ml de café especial coffee&joy
30ml de xarope de especiarias (veja a receita abaixo)
gelo ingredientes do xarope de especiarias
50ml de água
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de chá de canela
1 colher de chá de cravo
modo de preparo
Começando pelo xarope de especiarias, basta esquentar cerca de 50ml de água – pode ser até no microondas mesmo. Depois, adicione 1 colher de sopa de açúcar, 1 colher de chá de canela e 1 colher de chá de cravo e mexa por alguns minutos até dissolver todo o açúcar. Coe e reserve.
Em um copo ou xícara, adicione alguns cubos de gelo, o café, o xarope de especiarias e o Nude to Go Baunilha. Misture tudo antes de beber.
Batidona, shake, chocolate cremoso… essa receita é daquelas que podem ser várias coisas. O importante é que ela é fácil e uma delícia! Se eu fosse você já iria correndo para o mercado comprar o seu KitKat, porque de tão fácil que essa receita é, você vai querer fazer esse café cremoso com KitKat imediatamente!
É um café diferente, docinho e muito cremoso sem muito esforço (ou quase nenhum). Continue lendo ou assista o vídeo para saber como preparar este drink saborosíssimo.
Para esta receita, utilizamos o café Fondue da assinatura coffee&joy. Ele tem notas naturais de chocolate ao leite, frutas tropicais, maçã, pêra e amora e harmoniza muito bem com drinks com leite e principalmente com o KitKat. Se você tiver um moedor em casa, opte por moer o café na hora. Isso faz toda diferença no resultado final da bebida.
Como a ideia é que o sabor do café sobressaia em relação ao leite e ao chocolate, preparamos este café de uma forma mais intensa. Usamos o coador com filtro de papel e usamos 2 colheres de sopa de café especial (30g) para 1 copo americano de água (130ml). Lembre-se de lavar o filtro antes de preparar o café, para retirar todas as impurezas e evitar que resquícios de papel sejam transferidos para a xícara.
Além disso, é imprescindível a utilização de um bom café especial. Os cafés de baixa qualidade vão afetar o sabor final do drink, diminuindo a qualidade e trazendo um amargor desnecessário à bebida.
batida de café com KitKat
tempo de preparo: 5 minutos
rendimento: 1 porção
ingredientes
1 tablete de KitKat (40g)
100 ml (1/2 copo) café especial coffee&joy já pronto
200 ml (1 copo) de leite morno
modo de preparo
Separe as fileiras do KitKat, adicione 3 partes no liquidificador e reserve uma para depois. Acrescente o leite morno e o café recém preparado e bata por aproximadamente 1 minuto, até misturar tudo e ficar bem cremoso.
Sirva em um copo e adicione a última fileira de KitKat no final, usando como se fosse uma colher para mexer tudo.
Dica extra: se você quiser aproveitar este drink maravilhoso no verão, basta adicionar alguns cubos de gelo.
A combinação perfeita existe e nós podemos provar: café especial e chantilly! Te apresentamos o drink do equilíbrio perfeito: a leveza do chantilly com a intensidade do café espresso. Apesar de ser perfeito para a sobremesa, o espresso com chantilly combina com qualquer hora do dia: a medida certa para uma tarde daquelas que parecem não acabar nunca ou apenas um “algo a mais” depois do jantar.
Continue lendo ou assista o vídeo para conhecer.
Sabe quando você está com aquela vontade de um café diferente, mas também falta ânimo para dispor de muito esforço? Aqui está a solução: um drink surpreendente com apenas 3 ingredientes: gelo, chantilly e café, feito em 1 minuto – ou até menos.
A escolha de um café especial é muito importante. Isso porque os cafés tradicionais, geralmente encontrados em supermercados, possuem uma torra excessiva e carbonizada, o que traz amargor para a bebida. Como a receita possui poucos componentes, é importante utilizar ingredientes de qualidade.
Ingredientes
1 dose (50 ml) de café espresso ou feito de forma mais intensa
chantilly à gosto
cubos de gelo
modo de preparo
Em uma xícara ou copo, adicione os cubos de gelo para formar uma espécie de “cama” para o chantilly. Deposite o chantilly e em seguida, o café recém preparado.
Fotografe, compartilhe e marque @coffee_and_joy nas redes sociais para faturar cafeínas!
Recebemos constantemente essas dúvidas por aqui: qual o melhor jeito de guardar café e mantê-lo fresco? Pode colocar na geladeira? E depois de pronto? Quanto tempo ele pode ficar na garrafa térmica?
Gravamos um vídeo com todas essas respostas, mas, se preferir, continue lendo o post.
Café é um alimento extremamente aromático e que passa por muitas transformações em toda a sua etapa de produção até chegar na xícara. A hora de armazenar em casa é muito importante para garantir que, quando for tomar, ele estará no melhor potencial possível.
Principalmente para quem consome café de qualidade, é muito importante ter alguns cuidados na hora de guardá-los. Afinal, de que adianta ter um café extremamente saboroso em mãos e deixar com que uma má armazenagem prejudique o sabor dele?
Foi pensando nisso, que desenvolvemos as embalagens aqui da coffee&joy da melhor forma possível: ela tem zíper, válvula para o café liberar gás (já que a torra é muito fresca), é laminada por dentro, entre outros. Se você é assinante, não precisa se preocupar. É só manter o café dentro da embalagem, fechá-la bem, e mantê-la longe da luz em um lugar seco e fresco, que você não terá problemas de armazenagem. Mas caso você não receba ainda nossos cafés, continue lendo para descobrir como armazenar corretamente o seu café.
Premissas da Armazenagem do Café
A premissa básica para entender como guardar café é saber que café não gosta de ar, de luz e muito menos de oscilação de temperatura. A mudança de temperatura, principalmente no caso dos cafés especiais, não é nada atrativa. Não faz bem para o café. Por isso, não é recomendável manter a embalagem na geladeira, por exemplo. O melhor lugar para guardar o café precisa ser arejado, longe da luz e do oxigênio. Isso porque o café oxida e vai perdendo suas características. Enquanto ele estiver “aberto” e recebendo luz, ele vai se oxidando e perdendo seu potencial de sabor.
Quando o café é exposto ao calor e ao oxigênio, ele envelhece mais rápido. Não quer dizer que o café vai estragar e que vai ser impossível consumi-lo, mas sim que ele não vai ser tão fresco.
Pode Guardar Café na Geladeira?
Devido ao processo de torra que os grãos dos cafés especiais são submetidos, que é extremamente delicado e técnico, a temperatura também é uma variante que pode afetar o café. O congelador e a geladeira, por exemplo, além de serem úmidos, também possuem outros alimentos, o que prejudica o café. Ele é uma fruta que, se mal armazenada, absorve as características do ambiente e do que o compõe e, por isso, não é legal expor o café à oscilação de temperatura. Ou seja, nada de guardar o café em potes na geladeira e nem mesmo na embalagem!
Mas e congelar o café? Se você for viajar e o estoque de café estiver muito alto, sendo congelar realmente a última opção, tudo bem. Mas ainda assim não é o mais indicado para quem procura ter o melhor potencial do café. Opte por comprar café de acordo com o seu consumo para evitar que um estoque seja formado e garantir que a torra do seu café seja recente. Fazendo isso, você assegura também todo o potencial de sabor da fruta.
Como Guardar Cafés Fora da Embalagem
Os potes e latas são boas opções, desde que bem vedados e escuros. Se o pote for transparente, não dá para armazenar o café! Isso porque ele não vai estar protegido da luz e do calor. E, caso você vá utilizar um dos dois, é importante não colocar o café diretamente no recipiente. Feche bem a embalagem e guarde a embalagem dentro do pote ou da lata.
E depois que passamos o café, até quanto tempo ele fica bom pra beber?
O ideal é consumir o café até 20 minutos depois de preparado. Mas claro que entendemos que na correria do dia-a-dia, pode ser impossível isso acontecer. Tente consumir o café em até no máximo 1 hora após o preparo.
LEMBRE-SE: café feito no dia precisa ser consumido no dia. Nada de preparar o café na segunda-feira e bebe-lo na terça, pois o café mesmo depois de preparado também perde potencial de aroma e sabor.
A garrafa térmica mantém o café quente e é uma aliada no dia a dia. Mas é preciso tomar alguns cuidados para manter a qualidade do café, como limpar a garrafa com água quente antes de colocar o café recém preparado e, semanalmente, realizar uma limpeza mais profunda, com detergente neutro e bicarbonato de sódio. Confira aqui como fazer café para muita gente e os cuidados da limpeza perfeita da garrafa térmica.
Uma dica extra para não desperdiçar café é fazer cold brew, que é um café infusionado a frio, que não utiliza altas temperaturas e, por isso, não oxida rápido e dá para guardar por um tempo na geladeira. Confira aqui como fazer um cold brew em casa.
Mas se o cold brew não agrada o seu paladar, existe outra opção: congelar o café em forminhas de gelo e utilizá-lo no preparo de drinks posteriormente! Mas atenção: neste caso, estamos falando do café já preparado! Confira aqui diversos drinks com gelo de café.
Quentão, pipoca, canjica, pamonha, maçã do amor… Festa junina sem comida gostosa não é festa junina. Também não pode faltar o correio elegante e nem a quadrilha! Depois de dois longos anos de pandemia, sem Carnaval e sem festas juninas, finalmente o arraial de São João está de volta! Quem é que não estava ansioso pra isso?
Pensando nessa data tão animada e rica gastronomicamente falando, decidimos trazer esse gostinho pro café, já que o café especial combina com tudo. Dessa vez, decidimos harmonizar café e paçoca e acabamos descobrindo o tanto que o café combina com o amendoim!
Para essa receita, utilizamos doce de leite, paçoca, chantilly, leite cremoso e café. Paçoca é uma sobremesa tão brasileira. Mas você sabia que a primeira paçoca conhecida – de origem indígena – era salgada, feita de carne seca e farinha, e servia como alimento para os viajantes?
Já a paçoca tradicional, feita à base de amendoim, farinha de mandioca e açúcar, foi inventada durante o Brasil colonial. Nessa época, era comum os índios misturarem qualquer ingrediente com farinha de mandioca e socar no pilão.
Além da paçoca, o café é a estrela da receita, Por isso, é imprescindível a utilização de um café de qualidade. Os cafés tradicionais, normalmente encontrados em supermercados, vão trazer um amargor indevido e dispensável ao drink.
1 colher de sopa de doce de leite ou melado de cana
200ml (1 copo) leite cremoso ou bebida vegetal
15g (1 tablete) de paçoca esfarelado
50ml (1 dose) de café especial intenso
Como Preparar:
O primeiro passo é simples: com a parte de trás da colher, pegue uma quantidade generosa de doce de leite, passe na parede interna do copo e reserve.
Para espumar o leite, utilizamos a Cremeira Bialetti. Se você não possui uma, não se preocupe. Dá para espumar com a prensa francesa ou até mesmo com um potinho bem vedado. Já ensinamos como espumar leite em casa, neste link você consegue ver o post completo. Faça 200ml de leite cremoso e reserve.
Pegue a paçoquinha, ainda dentro do pacote, amasse-a bem e deposite no fundo do copo ou xícara, reservando um pouquinho para decorar o copo.
Adicione o café – de preferência recém preparado, para misturar com o doce de leite e com a paçoca e em seguida o leite cremoso.
Para finalizar, é só adicionar o chantilly no topo do copo, colocar o resto da paçoca para decorar, fotografar o seu drink, postar nas redes sociais e mencionar @coffee_and_joy para faturar cafeínas.
É um monumento? É uma cafeteira? É uma obra de arte? A Chemex se encaixa nas três opções! Se você é um Coffee Lover, provavelmente já ouviu falar dela por aí. Mas se não é o seu caso, continue lendo ou assista o vídeo para conhecer mais sobre a Chemex.
sobre a chemex
A Chemex foi criada pelo químico alemão Peter Schlumbohm em 1941. Ao longo de sua carreira, Peter foi o patenteador de mais de 300 instrumentos, desde coqueteleiras até itens relacionados a automóveis. Ele tinha como objetivo tornar objetos de uso cotidiano mais atraentes, funcionais e agradáveis para a utilização.
Se você é um fã de séries e já assistiu Friends e Brooklyn Nine Nine, já deve ter visto a Chemex sendo usada em algum momento. Com um design contemporâneo e requintado, a Chemex compõe o acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), junto com outras invenções do químico.
Durante o desenvolvimento da Chemex, Peter buscou elaborar um utensílio que preparasse uma bebida final fantástica, de maneira simplificada, e que fosse sofisticado ao mesmo tempo. Com seu conhecimento em química, ele tinha ciência das reações químico-físicas que existem durante a extração do café. Isso fez com que ele optasse pela utilização de um filtro de papel similar aos que são encontrados em laboratórios, com espessura mais grossa do que é normalmente usado em outros métodos de preparo.
Esse filtro, após ser dobrado e dividido com três dobras de um lado e uma do outro (parede tripla), tem uma capacidade maior de filtragem e possibilita a extração de uma bebida suave e equilibrada, sem resíduos na xícara e que destaca as características do grão.
O material utilizado na fabricação da Chemex é semelhante ao que é utilizado nos frascos de laboratório, ou seja, é impermeável e não transfere nenhum gosto para a bebida, além de ser resistente ao calor. Ela pode ser encontrada no mercado em três tamanhos distintos (três, seis e oito xícaras) e o preço varia a partir de R$400.
como preparar café utilizando a Chemex
Apesar do design minimalista e inovador, a Chemex se assemelha muito aos métodos filtrados; a diferença principal está no filtro.
Para o preparo de 100 ml de café, por exemplo, recomendamos a utilização de 10g de café, em uma moagem média, e 100 ml de água mineral ou filtrada. Caso não tenha como medir as proporções à risca, você pode usar uma colher de sopa de pó bem cheia de café para 1 copo americano de água.
É importantíssimo lembrar-se de escaldar o filtro de papel antes de preparar o café. Como o filtro da Chemex é mais grosso que os filtros comuns, recomendamos utilizar cerca de 200 ml de água na lavagem do filtro.
Dobre o filtro e encaixe na Chemex, de modo que a parede tripla fique virada para frente – onde tem um bico para servir a bebida. Moer os grãos na hora do preparo faz toda a diferença. Depois de escaldar o filtro, descarte a água através do bico que a cafeteira possui. Não é necessário retirar o filtro para descartar a água.
Coloque o café moído no filtro e inicie o processo de pré-infusão (adicione água o suficiente para cobrir todo o pó e aguarde cerca de 30 segundos).
Depois, acrescente mais água quente em movimentos circulares, mirando apenas no pó e evitando que a água atinja as paredes do filtro. Espere a água filtrar, repita o processo e mexa sutilmente. Vai jogando o restante da água sempre em movimentos circulares e constantes, dando pequenos intervalos entre uma jogada de água e outra.
O café feito na Chemex é bem mais delicado e possui uma xícara mais limpa. Como o vidro é de borossilicato e o filtro é bem mais grosso que os filtros comuns e conta com a parede tripla, os resíduos não passam para o café.
como reutilizar os filtros e a borra
A borra pode ser usada em tratamentos de beleza e no cuidado com as plantas Veja aqui como usar a borra como adubo e repelente para as plantas. Gosta de skin care? Saiba como fazer um esfoliante caseiro com borra de café.
O filtro de papel pode ser reutilizado no artesanato, com técnica de aquarela, por exemplo, e para encapar caixas e cadernos.
Este drink super diferente e cheio de personalidade é perfeito para um final de tarde, para o happy hour ou simplesmente para quem gosta de café, guaraná e rum. Se você tem o gin tônica como drink favorito, por exemplo, é porque você ainda não conhece o Guarapirata. É um ótimo substituto para quem busca um drink de preparo simples e que fique pronto rápido. Continue lendo ou assista o vídeo para aprendê-lo.
Buscamos coisas que harmonizam com o café e que juntos fazem um drink super diferente e prático, bem brasileiro e cheio de personalidade. E, já que todos os ingredientes são extremamente característicos e saborosos, o resultado não poderia ser diferente: a bebida perfeita para o fim de tarde de uma sexta-feira (ou para qualquer outro dia que você quiser).
Nessa receita, a utilização do rum envelhecido é melhor e mais indicada que o rum branco, mas fica à sua escolha. Entretanto, para a escolha do café, é essencial que ele seja um café de especialidade e, de preferência, de torra média. Isso porque o sabor dos alimentos e bebidas em temperatura ambiente ou frias é mais perceptível ao nosso paladar e, os cafés tradicionais, extra-fortes, geralmente encontrados em supermercados, possuem um forte amargor devido a quantidade de impurezas que são moídas junto à fruta e também pela torra excessiva, o que influencia – e muito – no resultado final da bebida, trazendo um sabor indesejado ao drink.
A montagem do drink é bem simples: basta adicionar 3 cubos de gelo ao copo – ou a quantidade de sua preferência -, uma fatia de laranja bahia, o rum e, por último, o café. É importante que o café seja fresco, recém preparado.
Depois disso é só tirar uma foto, postar nas redes sociais e marcar a gente (@coffee_and_joy), para acumular cafeínas e trocar por produtos na loja.
O café passa por diversas etapas até chegar na xícara e uma delas é o cupping ou prova de xícara. Depois que ele sai da fazenda e está pronto para ser comercializado, o café deve ser classificado sensorialmente para avaliar a qualidade da bebida, dessa maneira é possível certificar a sua qualidade. Nos cafés especiais, essa classificação é feita usando o protocolo de avaliação da SCA (Associação de Cafés Especiais). É possível fazer o cupping em casa para ter uma ideia de como todo o processo funciona, é super legal!
Assista ao vídeo de como fazer cupping em casa ou continue lendo.
Premissas para o Cupping
A SCA é uma associação internacional que dá as diretrizes para classificar o café especial. Ela criou um protocolo de avaliação para que profissionais licenciados pudessem dar notas aos cafés, de forma a categorizá-los e certificar a sua qualidade.
Neste protocolo, a SCA estipula desde o ponto de torra, a moagem do café, a qualidade da água até o recipiente que deve ser usado.
Para a classificação técnica, a torra do café deve ser completada de 8 a 12 minutos e deve ser feita 24h antes da prova. O café deve ter pelo menos 8h de descanso depois de torrado.
Deve-se usar no cupping um recipiente de vidro temperado ou cerâmica, que tenha 150ml a 225 ml de capacidade máxima e deve-se usar 8,25g de pó de café para 150ml de água.
A prova técnica é realizada utilizando 5 amostras (5 xícaras) de cada café específico. Elas são alinhadas formando um “M” e sempre comece a prova debaixo para cima, da esquerda para a direita.
(Como aqui estamos fazendo uma prova em casa, usamos 3 xícaras, que já são suficientes para provar o café).
Formulário de Avaliação Sensorial
O formulário da SCA possui os campos de cada atributo que será avaliado, quais sejam: fragrância e aroma, sabor, finalização, acidez, corpo, uniformidade, equilíbrio, xícara limpa, doçura e visão geral.
Em cada atributo devemos preencher com uma nota de 6 a 10 em cada um dos atributos avaliados de acordo com a escala de qualidade.
O resultado da soma de todos os atributos é a nota final do café.
Como se trata de um protocolo para cafés especiais, usa-se apenas para cafés que suspeita-se ou tem certeza de que será da categoria especial.
Passo 1 – Avaliação da Fragrância e Aroma (“Fragrance/Aroma”)
A moagem do café deve ser feita imediatamente antes de provar (não pode passar mais de 15 minutos) e deve ser levemente mais grossa que a moagem para o filtro – ou seja, grossa como farinha para quibe.
Para garantir a segurança da amostra, deve-se limpar o moedor entre as moagens e, logo depois de moer, tem que colocar uma tampa para preservar o aroma.
Dentro de 15 minutos após as amostras terem sido moídas, a fragrância seca das amostras deve ser avaliada, cheirando ao pó seco. Na primeira coluna vertical do protocolo, tem uma escala “dry” para colocar a intensidade da fragrância (do pó seco).
Logo embaixo no campo “notas” (“Notes”), já podemos preencher com as notas sensoriais que aquele café remeteu.
ATENÇÃO: A identificação das notas não precisa necessariamente ser específica. Por exemplo, se o café lhe trouxe a lembrança de um doce, mas que você não consegue identificar qual, escreva simplesmente “doce” nas notas.
Com o tempo e na medida em que a amostra é avaliada, refinamos as percepções até chegar na nota específica que aquele café remete. Para quem está começando a provar cafés, identificar se o café é frutado, doce, chocolate, castanhas ou exótico, já está excelente.
Após a avaliação da fragrância, é hora de hidratar o café. Não espere mais que meia hora depois que o café foi moído para iniciar este processo. A água utilizada deve ser limpa, sem cheiro e odor. E deverá ter por volta de 93 graus celsius quando colocada no café.
Na hora de colocar a água, coloque até a borda da xícara, certificando que está molhando todo o pó e de uma só vez, sem fazer pausas.
Depois de hidratada, a amostra tem que ficar sem interrupções por 3 a 5 minutos. Tome cuidado para não bater na mesa, para deixar a crosta intacta.
Com 4 minutos após ter colocado a água, é hora de quebrar a crosta. Faça isso agitando três vezes suavemente, permitindo que a espuma escorra nas costas da colher enquanto cheira suavemente o aroma. Anote na coluna vertical da “quebra” (“break”) no protocolo.
A nota deverá ser dada de acordo com a intensidade e agradabilidade dele. Se foi muito agradável e complexo, a nota será mais alta. Se está fraco e pouco complexo, será mais baixa.
Com base no equilíbrio da avaliação da amostra seca e úmida, marque a coluna horizontal e dê a nota final do atributo de fragrância e aroma.
Antes de passar para o próximo atributo, é hora de limpar a xícara e prepará-la para provar. Com a ajuda de 2 colheres, limpe a superfície da xícara com cuidado, removendo as espumas e eventuais partes de café que ficam flutuando por cima. Tome cuidado para apenas passar a colher pela superfície e não misturar o pó que está decantado no fundo da xícara.
Descarte as espumas e lembre sempre de limpar as colheres com água quente entre uma amostra e outra, tanto na hora de limpar, quanto na hora de provar, entre uma xícara e outra.
Passo 2 – Sabor, Finalização (retrogosto), Acidez, Corpo e Equilíbrio
A avaliação desses atributos deverá começar quando a amostra esfriar até chegar a uma temperatura por volta de 71º C, que acontece em cerca de 8-10 minutos após a infusão do item anterior.
Usando preferencialmente uma colher de cupping, que é uma pequena concha, pegue uma dose de café suficiente para sentir o gosto. Aspire bem forte o líquido na boca de forma a cobrir a maior área possível, especialmente a língua e o palato superior.
Você pode engolir a amostra ou descartar, cuspindo em um copo grande ou recipiente. (Normalmente os provadores profissionais descartam as amostras, pois na rotina desses profissionais é muito comum avaliar várias amostras em um mesmo dia – pensa na quantidade de cafeína depois de avaliar 50 xícaras? risos)
Preencha a coluna do Sabor (“Flavor”) e, da mesma forma que no passo 1, anote nas “Notas” os sabores que sentir na amostra.
Em seguida, preencha a Finalização (“Aftertaste”), de acordo com a sensação persistente do café na boca após a ingestão da bebida. Quanto mais longa e agradável, maior será a nota.
À medida que o café vai esfriando (entre 70º C a 60º C), é a hora de avaliar os outros 3 atributos.
A Acidez (“Acidity”) é avaliada de acordo com a intensidade dela. Use a coluna vertical para orientar a intensidade e, em seguida, após uma segunda prova, confirme a agradabilidade com a intensidade e marque na coluna horizontal. Caso perceba a presença de algum tipo de acidez diferente (como a málica ou fosfórica), anote no campo de notas.
O Corpo (“Body”) é a sensação tátil de viscosidade, oleosidade ou densidade, percebida na cavidade bucal. Quanto mais pesado for, maior será a nota. Use a coluna vertical para orientar a intensidade e, em seguida, após uma segunda prova, confirme o peso do líquido e marque na coluna horizontal.
O equilíbrio (“Balance”) é a avaliação da combinação do Sabor, Finalização, Acidez e Corpo, ou seja, de quão bem todos esses atributos se encaixam em uma combinação sinérgica. Em outras palavras, quanto maior os atributos estiverem em harmonia entre si, maior será a nota.
Passo 3 – Doçura, uniformidade e limpeza da xícara
À medida que as amostras vão se aproximando da temperatura ambiente (cerca de 38º C), é o momento de avaliar a Doçura (“Sweetness”), Uniformidade (“Uniformity”) e Xícara limpa (“Clean Cup”).
Para esses atributos, damos uma avaliação de 2 pontos para cada xícara, considerando que estamos avaliando 5 xícaras, com uma pontuação máxima de 10 pontos em cada atributo.
Na Doçura, é avaliada apenas a presença ou não dela. Aqui não medimos a intensidade da presença de doçura. Lembrando que se refere ao sabor doce agradável da bebida, que é muito sutil, sendo seu oposto o sabor amargo.
A Uniformidade está relacionada à constância de todas as amostras, se alguma delas estiver diferente entre as outras, é penalizado em 2 pontos por xícara.
A avaliação da Xícara limpa está relacionada à transparência da bebida. A nota será máxima se não houver interferência de impressões negativas no sabor das amostras, desde o início da prova até o final.
Passo 4 – Pontuação Geral e Defeitos
A avaliação do café deve acabar quando a amostra atingir 21º C.
A Pontuação Geral (“Overall”) é o conjunto de TODOS os atributos combinados. Ou seja, dos aromas da bebida e de seu grau de intensidade, do equilíbrio e da harmonia da bebida. Este é o único momento em que o provador poderá fazer uma avaliação pessoal e não técnica.
Os defeitos serão penalizados subtraindo 2 pontos por defeito leve e 4 por defeito grave de bebida.
Passo 5 – Pontuação Total
Depois de avaliar as amostras, todas as pontuações são somadas conforme descrito na seção “Pontuação” e a pontuação final é escrita na caixa da direita, subtraindo os defeitos, se houver.
Prontinho!
Parece complexo, mas para quem quer entender mais sobre cafés, é um exercício super gostoso. Além de conhecer mais sobre, é importante para o consumidor conseguir identificar melhor se realmente aquele café que foi adquirido como especial se encaixa nessa categoria.
Para fazer essa avaliação do vídeo, nós usamos o café Doce Tango, e a avaliação completa dele está aqui:
Lembrando: essas são dicas para replicar em casa, para auxiliar consumidores de café que gostariam de conhecer mais sobre os processos técnicos para avaliar nossa bebida favorita. Caso esteja procurando fazer a avaliação sensorial técnica de um café para fins comerciais ou acadêmicos, recomendo procurar diretamente a BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais) para mais informações.