Durante o período da manhã, o nosso primeiro café do dia é muito importante. Geralmente, é só depois dele que os brasileiros saem de casa. Entretanto, é notável que nos tempos atuais o nosso dia a dia tem se tornado cada vez mais corrido. Não é por isso que vamos deixar as coisas boas de lado. Tomar uma café incrível pela manhã, antes de sair de casa, faz toda a diferença no restante do nosso dia. Ainda bem que nós temos a nossa disposição métodos bem práticos para se preparar um café incrível em casa. A cafeteira italiana, ou também conhecida como moka, está entre esses métodos práticos para serem utilizados no dia a dia.
Por isso, o Coffee & Joy produziu um vídeo te explicando como você pode preparar um café incrível utilizando a cafeteira italiana, também conhecida como Moka
A Cafeteira Italiana
Em 1919 Afonso Bialetti abriu uma pequena oficina em Crusinallo, para fabricar produtos utilizando alumínio. Posteriormente, essa pequena oficina se tornou em um estúdio para projetar e produzir itens em alumínio. Foi em 1933 que Afonso inventou a Moka Express, a famosa cafeteira italiana. Entretanto, a empresa cresceu e ficou conhecida mundialmente quando Renato Bialetti assumiu os negócios. Renato é filho de Afonso Bialetti e foi o grande responsável por propagar a Moka Espress pelo mundo. Um fato curioso sobre a cafeteira italiana é a caricatura de um senhor que vem estampada na parte superior. A inspiração da caricatura é o próprio Renato Bialetti.
Além da cafeteira italiana ser conhecida pela praticidade de se fazer um excelente café, ela também se tornou um símbolo do design. Em 2019 a marca completa 100 anos.A tradição se mantém mais viva do que nunca e, a cada ano, são lançadas versões repaginadas, com design mais contemporâneo com o uso de novas cores.
Desde então, a cafeteira italiana é um utensílio utilizado por várias pessoas diariamente na hora de preparar o seu café.
Mecanismo da Moka
A cafeteira italiana tem o corpo dividido em oito lados, o que permite a melhor distribuição do calor. Essa divisão auxilia na hora de extração do café, melhorando o aroma e sabor.
Para ter um café perfeito extraído na cafeteira italiana basta seguir 6 passos importantes. Primeiro, adicione água na parte inferior da cafeteira italiana, sem ultrapassar a válvula de segurança (1). Em seguida, insira o pó de café no compartimento, até encher ele todo, não é necessário pressionar o pó (2 e 3). Quando o pó é pressionado a água pode encontrar dificuldades para passar e a extração não vai ficar homogênea (uma parte pode extrair mais do que outra). É importante mencionar que a moagem deve ser ligeiramente mais grossa que os furos do compartimento onde o café é adicionado. Isso facilita a passagem da água pelo pó de café e ocasionará uma extração mais uniforme. Por fim, encaixe bem todos os compartimentos da cafeteira italiana.
Uma dica importante, adicione um pouco de água na parte superior assim que terminar de encaixar tudo (4). Isso não deixará o café queimar quando ele entrar em contato com o alumínio quente. Agora é só levar ao fogo. Deixe a chama baixa e mantenha a tampa da cafeteira italiana aberta (5). Quando o café começar a espirrar, feche a tampa e retire a cafeteira do fogo (6).
Como preparar café na cafeteira italiana (a moka)
Agora é só aproveitar o seu café. Faça do seu momento café um momento para relaxar e pensar nas coisas boas da vida. Aproveite cada gole, e busque entender de onde vem o café que você está consumindo. Saber a origem de onde nosso alimento foi produzido é essencial para garantir que estamos consumindo produtos de qualidade. Mais do que isso, é só assim que estaremos ingerindo produtos que farão toda a diferença para nossa saúde também. Aproveite!
Quando damos o máximo para alcançar determinado objetivo e nos entregamos por completo para produzir o melhor resultado, independente do que for, dá um orgulho danado quando alcançamos aquilo.
Isso acontece quando nos esforçamos para termos um relacionamento saudável, quando ficamos até tarde no trabalho para finalizar da melhor maneira possível a tarefa a ser entregue, quando ficamos exaustos para completar o exercício físico, quando viramos noites para cuidar do filho doente, enfim, independente da situação ou área, tudo que buscamos entregar o nosso melhor tende a ter um resultado incrível. Com o café especial não é diferente, é preciso muito esforço e conhecimento por toda a cadeia de produção para garantir um café incrível na sua mesa. Não são todos os cafés que podem ser rotulados como café especial.
Devido a isso, o Coffee & Joy criou um vídeo para demonstrar as características que fazem um café se tornar especial.
O Produtor
Tudo começa com o trabalho desenvolvido pelo produtor na lavoura. A produção de café especial exige conhecimento alto para saber onde o café deve ser plantado, como o clima da região escolhida para o plantio se comporta durante o ano, quais serão os métodos de pós-colheita utilizados, qual treinamento a equipe envolvida em toda a produção deve receber, etc. Ou seja, é um trabalho árduo que o produtor vai desenvolvendo ao longo do tempo, ele dedica sua vida para entender toda a complexidade que existe na produção dos cafés especiais. O café é uma fruta e somente os que estiverem no ponto ideal de maturação, ou seja, que estiverem maduros e no seu ápice de doçura é que terão a chance de produzir uma excelente matéria prima depois de completarem todo o processo de pós-colheita. Em seguida, o café produzido pelo produtor é entregue nas mãos do provador. É o provador que irá avaliar as qualidades físicas e o resultado sensorial da bebida do café.
A colheita do café na Fazenda Recanto (Foto: @sidneyaraujofotografias)
O Provador
Os Provadores de Café são profissionais certificados que são treinados e estão aptos para realizar a avaliação física e sensorial do café. Geralmente eles possuem o certificado de provador de café da SCA (Specialty Coffee Association) ou o certificado de Q-Grader do CQI (Coffee Quality Institute). Ou seja, são pessoas que possuem o paladar treinado para perceberem as qualidades e os defeitos que são possíveis de serem encontrados no café. São esses profissionais que irão dizer se o trabalho realizado durante o ano todo na lavoura pelo produtor, gerou bons resultados ou não. Mais do que isso, esses profissionais seguem um protocolo rígido de avaliação sensorial do café. Nesse protocolo, são avaliados 11 atributos sensoriais do café e, para cada atributo avaliado, é atribuída uma nota. Os atributos avaliados são:
Fragrância e aroma: fragrância é o cheiro do café moído quando ainda seco e aroma é o cheiro do café quando feito a infusão com água quente. Podem ser avaliados em três etapas distintas: (1) cheirando os grãos colocados na xícara antes de despejar a água no café; (2) cheirando os aromas liberados ao quebrar a crosta; e (3) cheirando os aromas liberados no café totalmente molhado com a água.
Sabor: é a principal característica do café, na qual deverão ser observadas desde as primeiras impressões do aroma e acidez, até a finalização do café. Ou seja, é uma impressão combinada de todas as sensações gustativas e aroma retro nasal, que vão desde a boca até o nariz. A pontuação dada para o sabor considera a intensidade, qualidade e complexidade do sabor e aroma combinados. Tais características são percebidas quando o café é absorvido para dentro da boca vigorosamente, de modo a envolver todo palato durante a avaliação.
Finalização (aftertaste): é o gosto que permanece no paladar após a ingestão da bebida. Quanto mais persistente e agradável, melhor. Em outras palavras, se esse atributo for bom, você ficará com vontade de tomar o café novamente.
Acidez: tem como característica principal fazer a boca salivar, pois o PH da boca cai quando ingerimos coisas muito ácidas. Ela pode ser agradável ou desagradável. Quando de boa qualidade, a acidez contribui para a vivacidade, doçura e frescor da fruta e é quase imediatamente identificada quando o café de qualidade alta é sugado pela primeira vez na boca.
Corpo: a qualidade do corpo baseia-se na sensação tátil do líquido na boca, especialmente percebida entre a língua e céu da boca.
Equilíbrio: é a forma como todos os vários aspectos de sabor, finalização, acidez e corpo da amostra se complementam ou contrastam um com o outro. Em outras palavras, se os atributos estão em harmonia entre si, o equilíbrio do café será bom.
Doçura: refere-se a uma agradável plenitude de sabor, bem como qualquer doçura óbvia. Sua percepção é o resultado da presença de certos carboidratos. O oposto de doçura, neste contexto, é o amargor, a adstringência ou sabor “ardido / verde”.
Ausência de defeitos (clean cup): refere-se a ausência de interferências negativas desde a primeira ingestão do café até a finalização, a “transparência” da bebida. Ao avaliar esse atributo, é necessário observar a experiência total do sabor, desde o momento da ingestão inicial até engolir totalmente o café.
Uniformidade: refere-se à consistência do sabor nos diferentes copos de amostra provados. Se os copos (são utilizados cinco copos para provar o mesmo café) apresentarem sabores diferentes, a classificação deste aspecto não será tão elevada.
Resultado Global: esse atributo é avaliado pelo degustador de maneira individual, ou seja ele é livre para colocar sua percepção do café. Uma amostra com aspectos muito pronunciados, mas que apresentam discrepâncias pode receber uma classificação mais baixa. Um café que demonstra perfeitamente suas características, refletindo um sabor original e particular de qualidade, certamente receberá uma pontuação elevada.
Defeitos: são sabores negativos ou pobres que prejudicam a qualidade do café. São classificados em duas categorias, de acordo com sua intensidade: Defeito Leve (Taint) e Defeito Grave (Fault). Um Defeito Leve refere-se a um sabor desagradável menos intenso. Um Defeito Grave é devido a aspectos de sabor, também, que possui características inaceitáveis, como muita adstringência, sabor de verde (maturação incompleta) ou de fermentação indesejável (grãos ardidos).
Depois de avaliar e pontuar todos esses atributos do café é preciso somar todos os valores para se obter a pontuação final. Para ser considerado um café especial, o café avaliado precisa atingir a nota mínima de 80 pontos.
Prova de Xícara de Cafés Especiais (Foto: @sidneyaraujofotografias)
O Torrador
A torra do café é uma etapa de extrema importância para garantir a qualidade da bebida. Após o café passar por todas as etapas anteriores de avaliação, ele precisa ser torrado em maior escala para poder ser enviado aos consumidores. É nessa etapa que ocorrem as principais alterações físicas e químicas que produzirão os compostos responsáveis pela cor, sabor e aroma da bebida. Ou seja, é um processo que exige um alto nível de conhecimento e de monitoramento para produzir um perfil de torra que expresse todas as qualidades do café.
Finalmente, depois de passar por todas as etapas anteriores o café está pronto para ser embalado e enviado para você. São várias pessoas que estão envolvidas na produção de um café especial. Mais do que isso, todas as etapas pelas quais o café passa são executadas com muita ciência, para garantir que o sabor apresentado na xícara seja extraordinário. Quando você consome um café especial você está consumindo um produto que te entrega todo o esforço de produção, que começou com o produtor e termina com você, apreciando todo o cuidado que foi feito para te entregar o melhor.
Café Especial recém torrado em grande quantidade (Foto: @sidneyaraujofotografias)
É sempre muito bom consumir alimentos que nos dão prazer. Geralmente, isso acontece com alimentos gostosos e que são de alta qualidade. Com o café não é diferente. Os cafés especiais apresentam uma doçura natural, com um sabor gostoso, com uma acidez prazerosa, com um envolvimento gostoso na nossa língua, e deixa uma vontade de tomar novamente. Essas características de doçura, sabor, acidez, corpo e finalização, tendem a vir descritas na embalagem dos cafés de melhor qualidade. Entretanto, não é todo mundo que entende o que é cada uma dessas características que são apresentadas pelos cafés especiais.
Em razão disso, o Coffee & Joy gravou um vídeo explicando o que são cada uma dessas características e como você pode começar a identificar isso também. Veja o vídeo completo a seguir.
Entendendo As Características
Assim como o vinho, que apresenta características únicas e notas sensoriais diferentes de acordo com a uva utilizada, o café também expressa características únicas. Essas características únicas apresentada pelo café especial só é possível quando todos os processos pelos quais o café passa são feitos de maneira exemplar. O café é uma fruta, quando essa fruta é colhida no ponto certo de maturação, tem o pós colheita feito de maneira correta, passa por um processo bem feito de benefício e re-benefício, tem a torra bem trabalhada e é embalado corretamente, o sabor apresentado na xícara será fantástico. Em seguida, nós detalhamos cada uma das características que você consegue identificar nos cafés especiais.
Aroma
O aroma é uma percepção olfativa causada pelos gases liberados do café torrado e moído. Ou seja, são os elementos perceptíveis pelo olfato. O aroma do pó seco do café pode te lembrar frutas, chocolate, flores, etc. É importante ressaltar que o nosso cérebro só consegue associar aromas que nós já sentimos, ou seja, é preciso ficar atento aos aromas que sentimos no nosso dia a dia. Além disso, esses aromas agradáveis somente são possíveis de serem sentidos nos cafés especiais. Cafés de pior qualidade terão um aroma intenso desagradável. Geralmente, por serem cafés extremamente torrados e com uma matéria prima inferior, o aroma irá te lembrar borracha queimada.
Doçura
É uma sensação gustativa percebida principalmente na ponta da língua. Quando falamos de doçura nos cafés especiais, estamos nos referindo ao adocicado característico da fruta madura, que é diferente do doce do açúcar, por exemplo. Ou seja, quando o café é colhido no ponto certo de maturação a fruta terá uma doçura natural. Fazendo um trabalho bem feito de torra, será possível sentir essa doçura na hora de tomar o seu café. Diferentemente do que acontece nos cafés tradicionais, que é necessário adicionar diversas colheres de açúcar para amenizar o amargor excessivo e conseguir tomar.
Acidez
A acidez é uma característica sensorial ou sabor básico, que normalmente se percebe na parte lateral da língua. Existem diversos tipos de acidez. Por exemplo, acidez málica que é possível de ser encontrada na maçã, acidez cítrica que é possível de ser encontrada no limão, na laranja, acidez láctica que é possível de ser encontrada em iogurtes. Entretanto, existe também acidez indesejável de ser encontrada no café. Por exemplo, acidez acética que é encontrada no vinagre.
Corpo
O corpo é a sensação de contato do líquido ingerido com a nossa língua. Também caracterizado como a percepção táctil da oleosidade, viscosidade do líquido na boca. Por exemplo, quando ingerimos água a sensação de contato do líquido com a língua é de leveza. Por outro lado, quando ingerimos um iogurte a sensação de contato do líquido com a língua é de um líquido mais denso. Ou seja, o iogurte promove a sensação tátil imediata, intensa e perceptível sem contestações. A característica de corpo é proporcionada pelos lipídios, proteínas, carboidratos, que estão presente na bebida. É importante não confundir café encorpado com café forte, que geralmente está atrelado a torra muito escura e queimada, que traz amargor e gosto defumado para bebida.
Sabor
O sabor é o resultado da associação complexa das sensações de gosto, de aroma e das sensações táteis químicas. É uma sensação causada pelos compostos químicos da bebida café quando introduzida na boca. Geralmente, o sabor é intenso e agradável nos cafés de melhor qualidade e apresenta notas que remetem a flores, chocolates, nozes, castanhas e frutas, como limão, maçã e abacaxi. Ou seja, é um sabor natural da fruta madura do café. Já os cafés aromatizados e flavorizados apresentam sabores que foram acrescentados de maneira artificial.
Finalização
A finalização, também chamada de sabor residual ou ainda de “aftertaste”, é o sabor que permanece no paladar após a ingestão da bebida. Pode ser intenso e agradável nos cafés especiais. Mais do que isso, um café especial com finalização agradável estimula a vontade de tomar mais uma xícara por ser muito prazeroso. Ou seja, uma finalização gostosa é aquela que deixa uma doçura agradável e marcante na boca.
Depois de aprender sobre tudo isso não deixe de perceber aromas, sabores, acidez, em suas experiências com comida e bebida. Nosso cérebro é muito bom em associar coisas que já vivemos. Mas para isso ser possível, temos que ter atenção para memorizar tudo. Suas percepções tendem a melhorar quando você começa a prestar atenção nessas características. A medida que você for evoluindo, vai ficar cada vez mais fácil identificar essas características boas nos cafés especiais de excelente qualidade. E também ficará mais fácil ainda perceber as características ruins dos cafés de pior qualidade! Ou seja, a tendência é você ficar com o paladar mais apurado e ficar mais seletivo nos alimentos que você ingere. Seu corpo e sua saúde agradecem!
A vida contemporânea é exigente. Nosso tempo está cada vez mais concorrido. É preciso dedicar atenção ao trabalho, aos amigos, a família, ao companheiro de vida, aos filhos, entre outros. Mas entre todas essas tarefas e várias outras, uma coisa que nunca deixamos de fazer é o nosso café. Ele precisa ser de qualidade e gostoso, já que é uma bebida que consumimos diariamente. Por isso, detalhamos algumas etapas para você tirar o máximo de qualidade do seu café filtrado, utilizando o coador comum com filtro de papel.
Por esse motivo, nós do Coffee & Joy gravamos um vídeo mostrando o passo a passo para você seguir e preparar um café especial fantástico no filtro de papel.
1. Escolhendo os Ingredientes
Os dois ingredientes na hora de se preparar um café é a água e o próprio café. A água representa por volta de 90% da matéria prima utilizada para se preparar um bom café. Portanto, escolha uma água filtrada (certificando-se de que não tenha gosto exagerado de cloro) ou uma água mineral de boa qualidade. O café escolhido também precisa ser de excelente qualidade. Prefira os cafés especiais com torra recente. Aqui nesse post explicamos as diferenças entre os tipos de cafés que são oferecidos no mercado.
Preparando Seu Café
Os seguintes passos deverão ser feitos para preparar o café: ferver a água, escaldar o filtro de papel, escolher bem o café que será utilizado, medir a proporção entre café e água, realizar a pré-infusão e finalizar o preparo. Em seguida, cada passo será detalhado para você poder executar com maestria todo o preparo!
2. A Água
Muito é dito sobre ferver ou não a água na hora de preparar o seu café. Você pode ferver a água normalmente. É preciso retirar a água do fogo assim que ela entrar em ebulição. Quando a água começa a evaporar, os sais minerais existentes ali ficam mais concentrados. Esses sais minerais concentrados irão prejudicar o resultado final da sua bebida, por isso é importante retirar a água do fogo assim que ela entrar em ebulição.
3. Escalde o Filtro
Utilize a água que você acabou de ferver para escaldar o filtro de papel. Esse passo tem como objetivo hidratar o filtro de papel para receber o pó de café, remover o gosto de papel que tem o filtro e retirar algumas possíveis impurezas que podem ter no filtro.
Posicione o filtro de papel no coador e escalde bem antes de colocar o café
4. O Café (Qualidade e Moagem)
Sempre que possível prefira moer o seu café na hora. Se você não tiver moedor em casa, compre café com a torra mais recente possível. É importante ficar atento com a granulometria da moagem do café que será utilizado. A granulometria da moagem tem um papel muito importante na hora de extrair o seu café. Quanto mais grossa a moagem mais facilmente a água passará pelo café, entretanto ela terá mais dificuldade para extrair tudo que cada partícula de café moído tem para oferecer. Por outro lado, quanto mais fina a moagem a água terá mais dificuldades para passar pelo café. Mas, com a moagem fina, mais contato com as partículas de café a água terá e maior será a extração. O segredo é escolher a moagem adequada para cada método que você utilizar. Para o método filtrado, utilizando porta filtro convencional de papel, nós indicamos uma moagem média. Para ficar fácil de você comparar em casa, pode utilizar o açúcar cristal como base.
Mais uma vez, prefira sempre cafés com torra fresca. O café torrado não estraga, mas ele envelhece. Ou seja, com o passar do tempo, o café vai perdendo suas características sensoriais.
Guia de regulagem de moagem
5. Proporção
A proporção entre a quantidade de café utilizada e água é importante para ter uma extração equilibrada. Se você utilizar muita água e pouco café a tendência é você produzir um café mais ralo, que irá te lembrar chá. Em contrapartida, ao utilizar uma quantidade alta de pó de café e uma quantidade menor de água, você terá um café mais concentrado. Indicamos uma proporção de 10 gramas de café para cada 100ml de água. Essa proporção agrada a maioria dos paladares, já que o resultado final da extração não produz nem um café concentrado demais, nem um café muito ralo.
6. Pré-infusão
É durante essa etapa que o café irá liberar todos seus aromas e sabores. O objetivo dessa etapa é hidratar as partículas do café moído, já que cada uma terá um tempo de absorção diferente, dependendo da moagem. Então, basta jogar água para cobrir todo o pó de café e aguardar o tempo de 30 segundos.
7. Finalizando
Passado o tempo de pré-infusão, é necessário jogar o restante de água para finalizar a extração. Então, finalize seu café jogando a água em movimento circulares constantes. Todo o processo de preparo, deve durar entre 4 e 6 minutos.
Agora é só aproveitar o café que você acabou de preparar! A vida já é muito corrida e cobra bastante de nós. Por isso, é importante aproveitarmos todos os momentos. Café é nosso combustível diário de energia e criatividade e quando é de qualidade e bem preparado, fica melhor ainda! Prefira os cafés especiais, de origem garantida e com a torra fresca. Seu corpo e sua mente agradecem!
O brasileiro consome café diariamente, os motivos variam desde para se manter acordado até para aumentar a capacidade cognitiva. Esse consumo diário coloca nosso país na posição de segundo maior consumidor de café do mundo. Para atender toda essa demanda diversos tipos de café são oferecidos ao consumidor. Por exemplo, existe o café tradicional, extra forte, superior, gourmet e o café especial. Dentre tantas possibilidades de escolha é importante ter conhecimento das diferenças entre cada tipo de café para entender o que está sendo oferecido.
Por esse motivo, o Coffee & Joy gravou um vídeo explicando o que é o café e também quais são as diferenças existentes entre os diversos tipos de cafés oferecidos aos consumidores.
Entendendo o Que é o Café
Café é uma fruta e, como qualquer outra fruta, passa por diferentes estágios de maturação. A florada do café indica o nascimento de possíveis novos frutos. Depois da florada, aparecerão os chumbinhos, que se irão se desenvolver para originar os frutos verdes. Em seguida terá o surgimento dos frutos verde cana, que são consequência do desenvolvimento dos frutos verdes. O próximo estágio de maturação é o fruto cereja, que é o café no seu estado maduro. É nesse estado que o café precisa ser colhido, se isso não acontecer o café passará para o estado de passa. Nesse estado o café já começa a perder sua qualidade.
Posteriormente a colheita, o fruto do café passa pelo processo de pós-colheita. Nesse processo o café será secado no terreiro para perder umidade. Quando se atinge a umidade desejada, que fica entre 11% e 12%, o café será beneficiado. É na etapa de benefício que o café tem a casca removida para se obter a semente verde do café. É essa semente que é utilizada para torrar e dar origem ao café marrom que conhecemos.
Entretanto, como qualquer outra fruta, o café também pode apresentar defeitos. Esses defeitos podem ser: grãos pretos, verdes, ardidos, brocados, quebrados, pedaços de pau/pedra, pedaços de casca de café, etc. Esses defeitos podem ser ocasionados por colheita feita na hora errada, por manejo não adequado durante o processo de pós colheita, má regulagem na máquina de benefício do café, falta de um processo de re-benefício, etc.
Todas essas possibilidades de defeitos irão refletir na matéria prima que é utilizada para cada tipo de café oferecido para consumo.
Frutos Maduros do Café
Entendendo os Tipos de Café
Depois de entender sobre os possíveis defeitos de serem encontrados no café, é possível destacarmos as diferenças entre os cafés oferecidos para consumo. O Café Tradicional e Extra Forte, são cafés que utilizam uma matéria prima com muitos defeitos e são extremamente torrados. A torra excessiva, em conjunto com a matéria prima ruim, traz uma fragrância desagradável ao café e um sabor bastante amargo. Por isso, a maioria das pessoas precisam adicionar diversas colheres de açúcar para conseguirem tomar esse tipo de café.
Já o Café Superior é um café que possui uma matéria prima um pouco melhor. Entretanto, ainda possui uma certa quantidade de defeitos que irão impactar de forma negativa a bebida do café. É um café que também possui a torra acentuada, que trará uma amargor acentuado para o café.
O Café Gourmet possui uma seleção mais cuidadosa da matéria prima utilizada. Apresenta um controle maior da torra, não sendo tão escura quanto as torras dos cafés tradicionais/extraforte e superiores. Contudo, é um café que ainda pode apresentar um certo amargor devido alguns defeitos encontrados na matéria prima utilizada.
Por fim, o Café Especial, é um café que possui um rigor maior em relação a matéria prima. A torra é executada com um controle maior, buscando evidenciar as características naturais do café. Mais do que isso, o café especial passa por um protocolo de avaliação sensorial, onde serão analisados 10 atributos diferentes. Os atributos analisados são: a fragrância e aroma, o sabor, a finalização, a acidez, o corpo, o equilíbrio, a doçura, a ausência de defeitos, a uniformidade e resultado global. Para cada atributo é dada uma nota. Para ser considerado especial o café tem que atingir o mínimo de 80 pontos, após somar-se a nota de todos os atributos avaliados. Para saber mais sobre os detalhes de avaliação do café especial acesse esse post.
Entendendo as Diferenças de Torra e Moagem
O Café Tradicional e o Extra Forte possuem uma moagem bastante fina e uma torra escura. Por ser muito fina, a moagem também disfarça os defeitos existente na matéria prima utilizada (café cru). Ainda, isso faz com que a extração de cor seja maior nesses cafés. Ou seja, aquele aspecto de café com a cor muito escura (preto) é potencializado. A torra extremamente escura também influencia na nessa parte de cor escura do café.
Já os cafés Superiores e Gourmet possuem uma moagem não tão fina e pulverizada quanto os cafés tradicionais e extra forte. Isso irá refletir na cor da bebida e também no sabor após extraído o café.
Por fim, o Café Especial, terá uma moagem mais controlada, geralmente feita de acordo com o método de preparo que será utilizado para extrair o café. Ainda, a coloração da bebida final é um marrom claro, bastante diferente do café preto extraído utilizando cafés tradicionais e extra forte.
Diferença de torra entre um café tradicional/extraforte e um café especial C&J
Faça sua Escolha
Depois de entender as diferenças existentes entre os diferentes tipos de cafés que estão disponíveis para serem adquiridos, fica mais fácil fazer sua escolha de maneira consciente. Café é paladar, alguns irão te agradar, outros não. Entretanto, é preciso saber o que você está consumindo e entender o porque daquele sabor que você está sentindo. Café é doce naturalmente, não precisa ser extremamente amargo. Quando você consome um café da categoria especial você também está apoiando o trabalho de pequenos produtores. Além disso, você também estará consumindo um produto que possui rastreabilidade por toda a cadeia. Geralmente, os cafés especiais são cafés que utilizam micro-lotes, ou seja, são cafés que pertecem a uma única fazenda. Mais do que isso, você estará consumindo um café que faz a diferença para a sua saúde, já que os cuidados tomados começam na lavoura e se estendem até o café chegar na sua casa! Bom café sempre!
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. O café é um produto que está na cultura e na casa do brasileiro. Nós somos o segundo mercado que mais consome café no mundo. Ou seja, o brasileiro não fica sem o seu café no dia a dia. Entretanto, estamos acostumados a tomar um café extremamente torrado e que muitas vezes não possui uma qualidade boa. O café é uma fruta e possui um sabor que é doce naturalmente. Quantas vezes você já se pegou colocando diversas colheres de açúcar no seu café para poder conseguir tomá-lo? E aquele gosto amargo no final?
Não precisa ser assim. O café, quando bem tratado, apresenta um sabor surpreendente na xícara. Na maioria das vezes o nosso melhor café é exportado. Sabe como os produtores buscam mostrar os cafés excelentes que eles produzem? Através dos concurso de qualidade de café. Basicamente, em um concurso de qualidade existem diversos provadores certificados que irão analisar diferentes características do café. Geralmente, os cafés são analisados seguindo o protocolo de avaliação de cafés especiais da SCA (para saber mais sobre todo o processo acesse esse post aqui).
É um trabalho bem minucioso. Afinal, ali está sendo analisado todo o cuidado e ciência que o produtor depositou durante o ano todo na sua produção. Foi pensando nisso que nós, do Coffee & Joy, buscamos trazer para vocês como funciona todo o processo de um concurso de qualidade. Fomos convidados para participar do 9º concurso de qualidade de cafés dos Produtores do Alto do Serra (APAS). Fizemos um vídeo detalhando como foi o nosso dia e esperamos que vocês possam entender um pouco mais a importância de todo o processo, tanto para quem está buscando cafés de qualidade, quanto para os produtores que estão empenhados em produzir excelentes cafés.
Basicamente, o concurso foi dividido em três categorias de acordo com os métodos de processamento do café: cereja descascado, natural e colheita seletiva. Durante a sessão dos cafés cereja descascado foram provadas 11 amostras de cafés. Já na sessão de cafés naturais foram provadas 27 amostras de cafés. Por fim, durante a sessão de cafés de colheita seletiva, foram provadas 11 amostras. Todo esse processo de prova foi realizado por cinco provadores, cada um deu sua nota para cada amostra de café avaliada. O pessoal da organização da APAS realiza a média das notas de todos os provadores para obter a nota final de cada café.
Por fim, é feita uma cerimônia de premiação para entregar o resultado para os produtores vencedores.
Foi um dia muito produtivo e muito feliz, uma vez que, dois lotes que estão no menu do Coffee & Joy estavam lá concorrendo. O nosso café Red Velvet e Príncipe de Ouro são de produtores que fazem parte da APAS e do Projeto MicroLotes, que foi criado com o intuito de valorizar os cafés de alta qualidade e evidenciar o potencial da microrregião, localizada a altitudes superiores a 1300m.
Todo esse processo busca mostrar e valorizar o trabalho diferenciado que é feito na lavoura durante todo o ano pelo produtor de café especial. Por isso, os concursos de qualidade são fundamentais para incentivar a continuidade da busca da excelência na produção de cafés! Toda a cadeia sai ganhando, o consumidor que vai ter um café delicioso na mesa, o produtor que vai ser mais valorizado e o torrador, que vai ter uma matéria prima fantástica para trabalhar.
No dia 24 de maio de 1976, chegava na cidade de Patos de Minas, MG, o Sr. Inácio Carlos Urban. Natural da cidade de Não Me Toque, RS, o jovem de 24 anos, único homem de sete irmãs, vinha à procura de oportunidades que não teria em sua cidade de origem.
Desbravando o cerrado mineiro na região do Alto Paranaíba – terras até então consideradas inférteis – com determinação, força de vontade e guiado pelo sonho de alimentar o mundo, o gaúcho conseguiu fazer a terra prosperar, começando então, a sua história.
A história com o café chegou depois, foi no ano de 1987 que a produção iniciou e é esta história que vamos contar na Parte 8 da Série A Origem do Nosso Café.
Localizada em Coromandel, na região do Cerrado Mineiro, a Fazenda Rio Brilhante produz os cafés especiais seguindo normas rigorosas de certificação da UTZ, da Rainforest Alliance e 4C, além do credenciamento à Região do Cerrado Mineiro que lhe dá a garantia de denominação de origem.
Registro da Visita na Fazenda Rio Brilhante
Os cafés especiais que são produzidos ali são o resultado da combinação das exclusivas condições climáticas do cerrado mineiro com o alto padrão de qualidade desde a colheita. O cultivo em altitude de 1.150m proporciona o clima ideal para a produção de um café com aroma, sabor e aspectos distintos proporcionando a obtenção de um café incomparável. A excelência é buscada e assegurada pelas certificações em todas as etapas do processo produtivo, permitindo a obtenção de um café especial incomparável.
A preocupação do Sr. Inácio, desde o início da produção de cafés é com a qualidade. A cada ano procura sempre fazer melhor do que aquele ano que passou. Para isso, possui especialistas em qualidade de café e concede treinamentos regulares para a equipe, com foco sempre em produzir o melhor café.
Equipe Coffee & Joy na Fazenda Rio Brilhante
Atualmente completando 41 anos de história na agricultura, e em processo de sucessão familiar, o Sr. Inácio conta com a colaboração administrativa de seus filhos Fernando Urban e Érika Urban, os quais serão responsáveis por contar a história dos próximos anos da família, que cada dia mais vem ampliando e diversificando sua atuação na agricultura.
Assista ao vídeo completo da nossa visita na Fazenda Rio Brilhante:
A Fazenda Rio Brilhante possui hectares cultivados com diversas variedades e está situada em uma altitude ideal de 1.150m para produção de cafés de alta qualidade, equilibrando corpo e acidez, com aroma atraente e sabor inigualável, oferecendo prazer aos mais exigentes paladares.
Também possui diferentes tipos de processamento. Com o objetivo de levar diferenciação, selecionamos um lote de café da variedade Mundo Novo, que foi fermentado naturalmente após a colheita. Processo antigo, mas que vem sendo aprimorado e trabalhado para destacar sabores mais interessantes do café. Em seguida o café seguiu para o terreiro suspenso para ser secado.
Cupping realizado na Fazenda Rio Brilhante para a seleção do café especial Catavento
O café que aqui no Coffee & Joy chamamos carinhosamente de Catavento (em razão da trajetória do Sr. Inácio rumo às terras férteis do Cerrado Mineiro), é espetacular. Na xícara, apresenta fragrância e aroma intenso com notas de doce de leite, abacaxi, lima e melão.
Com sabor com notas de chocolate ao leite, abacaxi em calda, maçã e melão. Possui acidez doce de frutas cítricas e maçã, com corpo viscoso e uma finalização longa com notas de maçã e melão.
É o trabalho e a jornada do Sr. Inácio, bem representada em um gole de inspiração na xícara.
Três gerações da família já fazem parte da história da Fazenda Caxambu. Herança da mãe, hoje ela é cuidada pela produtora Ucha e seus irmãos, que resgatam e mantém toda a ancestralidade da família.
Esta história vem fazer parte agora da Série A Origem do Nosso Café, que está na edição 7.
Localizada no sul de Minas Gerais, na cidade de Três Pontas, a Fazenda Caxambu está a 1.180 metros de altitude, só produz café da variedade arábica.
Quando, há 10 anos, Ucha assumiu a gestão da fazenda com os seus irmãos, decidiram sair da linha de produção de commodities e partir para o lado da diferenciação e produção de cafés especiais (sorte a nossa!!).
Produtora Ucha na mesa de provas de cafés da Fazenda Caxambu
Com mudanças significativas na Fazenda, decidiram focar em qualidade. Para isso, foi necessário muito trabalho e dedicação, principalmente no treinamento dos colaboradores, para que eles pudessem acompanhar, juntos com os produtores, a importância e a diferença do cuidado na lavoura e no processamento, para se obter cafés especiais.
O resultado disso são cafés incríveis que, na xícara, vai contar todo processo qualitativo daquele café.
Trabalhando no fronte das descobertas e tecnologias, mas com o cuidado das gerações passadas, Ucha e a família mantém o amor e dedicação no campo.
A chave disso tudo é a ponte entre avanços tecnológicos, métodos diferenciados de trabalho com o café, a fermentação, entre outras coisas. Dessa maneira, ficando na vanguarda do processamento do café, mas, ao mesmo tempo, retomando e continuando as tradições passadas, com costumes da época da sua avó. Manter as raízes e garantir que as futuras gerações continuem o belíssimo trabalho que é realizado lá.
Débora e Sérgio na visita à Fazenda Caxambu
Para alcançar tudo isso, Ucha mantém sempre o foco na sustentabilidade. Mais do que isso, trabalha com enriquecimento de solo com matéria orgânica e possui na Fazenda Caxambu um desenvolvimento agroecológico, para que o café responda à altura do terroir que é próprio dele e, com isso, conseguir realçar as características naturais dos grãos que ali são produzidos.
Hoje, a produtora é a atual presidente da BSCA – Brazil Specialty Coffee Association, o que só reafirma ainda mais o compromisso da Ucha com a excelência na produção de cafés especiais.
Venha assistir ao vídeo completo da nossa visita na Fazenda Caxambu para sentir toda paixão e excelência da produção dos cafés especiais por lá:
Os diferentes processamentos na Fazenda Caxambu oferece uma gama incrível de cafés que surpreendem na xícara!
Para levar essa explosão de diferenciação para você, selecionamos dois cafés de diferentes processamentos.
O Mestre Apicultor é da variedade Acaiá e passou pelo processamento chamado Honey, que são cafés que passaram pelo processo de “polpa natural”. Em outras palavras, são cafés que foram totalmente lavados e que antes de serem secados naturalmente, se retirou as cascas dos grãos, mantendo a mucilagem. Resultado disso é um café com corpo diferenciado e muito sabor.
Apresenta fragrância e aroma intensos com notas de mel, flor de laranjeira, avelã e um delicado toque de gengibre no aroma.
Com sabor adocicado com notas de mel, morango, melão e limão doce.
Possui acidez cítrica e doce, corpo viscoso e uma finalização longa com notas de mel e flor de laranjeira.
Um café indicado para quem procura exotismo, diferenciação e muito sabor.
Secagem dos cafés especiais em terreiro na Fazenda Caxambu
O café Maçã do Amor é da variedade Catuaí Vermelho e passou pelo processamento que chamamos de cereja natural. Neste processamento, foram colhidos apenas grãos em estado de cereja (maduros) e preparados pelo método de processamento via seca, no qual os frutos são secos integralmente, com a casca. O resultado é um café tipicamente com corpo e aroma pronunciados e sabor naturalmente doce, típico quase exclusivamente do Brasil.
Apresenta fragrância e aroma intenso com notas de abacaxi, amora, carambola, amêndoas e que são sustentadas pela presença das notas de chocolate ao leite.
Sabor com notas de chocolate ao leite ameixa fresca, maçã, lima e morango.
Possui acidez cítrica e málica, com corpo denso e finalização longa com notas de chocolate ao leite e morango.
Um café com sabores e aromas muito pronunciados e complexos.
A simplicidade, o tato e a curiosidade do produtor Donizeti, nos seus 40 alqueires de terra sobre os morros, faz do café da Fazenda Seixal ser ainda mais especial. Por isso, esta história ganha destaque na Parte 6 da Série A Origem do Nosso Café!
O produtor Donizeti, que fabrica máquinas e equipamentos agrícolas para outros produtores de café, após tanto contato com a cultura por meio de seus clientes, resolveu comprar a Fazenda Seixal, que já está com ele há 10 anos.
Um verdadeiro amante do café e que põe a mão na massa, com todo orgulho! Nosso registro disso tudo, ficou marcado aqui:
Débora, Donizeti e Sérgio, na Fazenda Seixal
O café especial é produzido a 1100 metros de altitude, na pequena cidade de Campos Gerais, no sul de Minas Gerais.
Como está em uma região montanhosa, todo o cultivo é feito manualmente, por conta do difícil acesso das máquinas. Além de dar um toque especial e mais humano, o contato direto do produtor com a sua lavoura é o diferencial para que se extraia uma bebida inigualável.
Dos 40 hectares da Fazenda Seixal, 20 são de mata nativa que rodeiam a sua lavoura, mata esta que é preservada por Donizeti até hoje e que irá continuar assim. Entre as ruas da lavoura, também se encontram árvores nativas e que fazem sombras sobre uma porção de pés de cafés, mantendo a umidade e temperatura dos seus frutos no ponto perfeito para tirar um café especial, o delicioso café de sombra.
A Fazenda Seixal é o recanto de Donizeti, que sempre que possível reúne a família e amigos nos tempos livres. Uma das suas grandes paixões é poder ficar na Fazenda e cuidar pessoalmente de toda a produção.
Veja aqui o vídeo completo sobre a nossa visita na Fazenda Seixal:
Preocupado em manter-se atualizado, aumentando a produção e a qualidade do seu café, Donizeti iniciou em 2016 a plantação de mudas de um novo café desenvolvido pelo programa de melhoramento genético do café da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), o Aranãs. A expectativa é que a nova cultivar seja resistente à ferrugem, possuindo alta produtividade, e se destacando com grãos graúdos – porcentagem maior de peneira de 16 acima – e, o mais importante, extraindo uma bebida de qualidade diferenciada.
Hoje, oferecemos uma verdadeira pérola desta Fazenda. Com nome dado em homenagem á região de serras da cidade de Campos Gerais, o café especial Serra Gerais traz, na xícara, todo esse cuidado e dedicação do produtor Donizeti.
Possui acidez cítrica, corpo viscoso, fragrância e aroma suave com notas de chocolate amargo e frutas secas, e uma finalização moderada e marcante com notas de chocolate amargo. É sensacional. A torra média deixa o sabor mais intenso e é feita artesanalmente para dá um toque especial para este café espetacular.
Desde o preparo, passando pelo aroma e finalizando com o sabor na xícara, traz uma experiência de tirar o fôlego.
Com absoluta certeza, este é um café que vale a pena fazer parte do dia a dia de qualquer bom apreciador.
Produtor Donizeti, na lavoura sombreada da Fazenda Seixal
Há 40 anos na família, a Fazenda São Joaquim leva o nome do santo xará do seu proprietário, Joaquim Pereira Miranda (ou Quinzinho, como é conhecido na região). Apesar de hoje estar sob os cuidados do seu filho, Carlinho, como é carinhosamente chamado pelos amigos, Quinzinho acompanha de perto a evolução da Fazenda.
A Fazenda São Joaquim vem participar da Parte 5 da Série a Origem do Nosso Café, para nos mostrar como que um filho consegue, de maneira brilhante, manter a paixão do seu pai que hoje tornou-se sua.
Hoje, totalmente mecanizada, com uma produção já pensada nos cafés especiais, a Fazenda São Joaquim produz cafés de altíssima qualidade e possui tanto o processo do cereja descascado como natural.
Registro da Visita da Equipe Coffee & joy na Fazenda São Joaquim
O amor do Carlinho pela roça e seu orgulho do legado do seu pai Quinzinho são os pilares desta Fazenda. Mais do que isso, os trabalhadores da fazenda também já estão há muito tempo junto com eles, sustentando com bastante garra as bases construída por Quinzinho. Hoje, são mais que trabalhadores, são amigos e companheiros de trabalho.
Por conta disso, Quinzinho e Carlinho beneficiam seus trabalhadores com salários acima da média de mercado e os presenteiam com treinamentos específicos da cultura de café, para se especializarem e acompanharem tudo o que há de novo no mercado da produção do café especial.
Produtor Quinzim no lavador de café.
O cuidado e o bom relacionamento com os trabalhadores é visível numa breve passagem na Fazenda e é um diferencial na produção de cafés especiais de altíssima qualidade.
Localizada no pequeno município de Santana da Vargem, no interior de Minas Gerais, está a 900 metros de altitude. Produz cafés da variedade Mundo Novo, 100% Arábica. Veja aqui, tudo isso que pudemos sentir na nossa visita à Fazenda São Joaquim:
Os cafés especiais da Fazenda São Joaquim foram escolhidos com muito carinho pela equipe Coffee & Joy.
De um lado, o Frutado Natural que passou pelo processo de produção natural, com secagem realizada em secador no formato de caixa (nova tendência da cultura do café). Para extrair o melhor da bebida, a torra é média e é feita artesanalmente com muita ciência, claro.
Do outro, o Espresso Joaquim, este passou pelo processo de despolpa (cereja descascado). Para este café, a torra foi mais desenvolvida, ou seja, os grãos ficam um pouco mais no torrador, dando um perfil de torra média escura.
Com o café Espresso Joaquim queremos ressaltar as notas de chocolate meio amargo dos grãos para levar qualidade e sabor para quem aprecia cafés mais caramelizados e intensos.
Simplesmente incrível. Confira essa tradição e legado em forma de bebida!